R$885 BILHÕES E 19,2 MILHÕES DE ASSOCIADOS: O CRESCIMENTO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Mais do que cifras bilionárias, o crescimento das cooperativas de crédito revela uma mudança de comportamento: cada vez mais, brasileiros buscam controle, segurança e participação ativa na gestão do próprio dinheiro. Não se trata apenas de aplicar ou tomar crédito, mas de ser protagonista das próprias finanças, com acesso a soluções justas, personalizadas e próximas da realidade de cada comunidade.

Segundo o mais recente Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), publicado pelo Banco Central do Brasil, o setor encerrou 2024 com R$ 885 bilhões em ativos, um aumento de 21,1% em relação a 2023, e captações que somaram R$ 708 bilhões, alta de 21,7%. Ao todo, as cooperativas contaram com 19,2 milhões de associados — 16,2 milhões pessoas físicas e 3 milhões jurídicas — distribuídos em 58% dos municípios brasileiros, um ponto percentual a mais que no ano anterior.

A principal diferença entre as cooperativas de crédito e os bancos tradicionais está na estrutura e no propósito. Enquanto os bancos visam ao lucro de seus acionistas, as cooperativas pertencem aos próprios associados, que participam das decisões de forma democrática e recebem os resultados gerados pela instituição. Nas cooperativas, as sobras — equivalentes ao lucro após as despesas — e os juros sobre o capital social são distribuídos proporcionalmente à participação ou ao volume de negócios de cada associado. Além disso, oferecem taxas e tarifas mais justas, maior transparência e atendimento próximo e personalizado. Na Sicoob Coopmil, por exemplo, em 2024 cada associado obteve um benefício econômico médio de R$ 1.882,00 pela economia em taxas e tarifas, evidenciando como o modelo cooperativo gera retorno real, direto e imediato para quem participa do sistema.

“Nas cooperativas, não há a figura do cliente, mas sim do associado, que é ao mesmo tempo dono e usuário da instituição. Isso significa que os resultados não são destinados a acionistas, mas reinvestidos na própria cooperativa ou distribuídos entre os associados. Esse modelo fortalece a confiança e a adesão ao sistema, mesmo em cenários desafiadores”, afirma Alexsandra Luiz, Gerente de Operações de Negócios da Sicoob Coopmil.

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