Líderes mundiais defendem que próxima liderança da ONU seja feminina, diz Reuters

Durante os discursos na Assembleia Geral das Nações Unidas esta semana, diversos chefes de Estado defenderam publicamente que a organização, prestes a completar oito décadas, seja finalmente liderada por uma mulher. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters nesta sexta-feira (26).

O atual Secretário-Geral da ONU, António Guterres, encerra seu segundo mandato em 2026, e o debate sobre sua sucessão já começou a ganhar força nos bastidores diplomáticos. Segundo a Reuters, países da Europa, América Latina e Ásia têm se posicionado em favor de uma escolha mais inclusiva, que rompa com o padrão histórico de liderança masculina.

Entre as vozes mais enfáticas, o presidente da Estônia, Alar Karis, declarou que já passou da hora de uma mulher ocupar o cargo mais alto da organização. A presidente da Eslovênia, Nataša Pirc Musar, também apontou a disparidade de gênero dentro da ONU, lembrando que, em oito décadas, apenas cinco mulheres presidiram a Assembleia Geral — e nenhuma comandou a Secretaria-Geral.

A Reuters relata ainda que líderes do Chile, da Mongólia e da República Dominicana se somaram às críticas ao atual modelo de seleção, pedindo mais transparência e diversidade na escolha do próximo ou próxima ocupante do posto.

Embora ainda seja cedo para nomes oficiais, diplomatas ouvidos pela agência destacaram que Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile e ex-Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, aparece entre as possíveis candidatas com apoio da América Latina.

A decisão final caberá ao Conselho de Segurança da ONU, cujos membros permanentes — China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia — têm poder de veto, e precisa ser referendada pela Assembleia Geral.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *