Nova taxa de US$ 250 para emissão de vistos é suspensa e aguarda decisão do Congresso dos EUA

A U.S. Travel Association anunciou a suspensão temporária da cobrança da taxa adicional de US$ 250, conhecida como “visa integrity fee”, que entraria em vigor em 1º de outubro. Se aplicada, a medida elevaria o custo do visto americano para cerca de US$ 459 (aproximadamente R$ 2.429), mais do que o dobro do valor atual de US$ 185 (aproximadamente R$ 979).

A decisão representa um alívio imediato não apenas para turistas ocasionais, mas também para profissionais qualificados e famílias que consideram os Estados Unidos como destino de carreira, estudo ou residência. Afinal, a soma de taxas consulares, documentação, traduções juramentadas e demais custos do processo já representa um investimento significativo.

Segundo a própria U.S. Travel Association, a tarifa colocaria os EUA em desvantagem competitiva em relação a outros países que hoje atraem mão de obra especializada — como Canadá, Reino Unido, Austrália e Alemanha. Para quem busca oportunidades em áreas de alta demanda, como tecnologia, saúde, engenharia ou pesquisa, um custo adicional poderia pesar na decisão de migrar.

“Essa suspensão é estratégica para manter os EUA atrativos, inclusive no campo da imigração qualificada. Profissionais com alto nível de especialização avaliam não só salários e qualidade de vida, mas também os custos e barreiras de entrada no país. Uma taxa extra poderia desestimular talentos a optarem pelos Estados Unidos, fortalecendo destinos concorrentes”, explica o Dr. Vinicius Bicalho, advogado especialista em imigração, professor e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA).

Embora a suspensão traga um cenário de maior previsibilidade no curto prazo, o tema ainda depende de definições no Congresso americano. Para quem planeja aplicar para vistos de trabalho, estudo ou residência, o momento exige atenção redobrada às atualizações em Washington.

Enquanto a decisão definitiva não é tomada, profissionais brasileiros em processo de planejamento migratório podem respirar um pouco mais aliviados: a competitividade dos EUA como destino segue preservada — ao menos por enquanto.

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