A super quarta: Copom mantém, Fed corta e os mercados reagem

“Super quarta” agita mercado financeiro com decisões sobre juros no Brasil e EUA

Fonte: Contábeis (2022).

A “Super Quarta” de 18 de setembro de 2025 foi um evento de impacto global. Contrariando algumas expectativas, os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, seguiram caminhos opostos, gerando reações distintas e abrindo novas perguntas sobre a economia mundial.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) tomou uma decisão que, embora esperada pelo mercado, frustrou o governo e parte dos analistas: a taxa Selic foi mantida em 15% ao ano. O comunicado do Banco Central indicou que o objetivo de conter a inflação permanece como prioridade máxima, e a manutenção dos juros em um patamar tão elevado sugere que o Comitê não vê espaço para cortes no curto prazo. Essa decisão reforça a mensagem de cautela e rigidez na política monetária brasileira, mesmo com a pressão de setores que buscam um crescimento econômico mais acelerado.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) agiu de forma decisiva, realizando um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros. Essa medida, que marca o início de um novo ciclo de cortes em 2025, foi amplamente comemorada pelo mercado. A decisão do Fed reflete a avaliação de que a economia americana está desacelerando e a inflação está sob controle. A ação do Fed, ao baratear o crédito, tende a impulsionar o mercado de ações e a aquecer o consumo e o investimento nos EUA, com impactos positivos em todo o mundo.

A divergência entre as decisões dos dois bancos centrais é um dos pontos mais importantes da “Super Quarta”. Enquanto o Fed sinaliza otimismo e busca estimular sua economia, o Copom demonstra um tom mais conservador, priorizando a estabilidade dos preços. O corte de juros nos EUA traz alívio para os mercados globais e pode atrair mais investimentos para o Brasil. No entanto, a manutenção da Selic alta por aqui demonstra que a luta contra a inflação ainda não acabou. Essa disparidade de políticas monetárias pode afetar o câmbio e a atratividade dos investimentos, tornando o cenário econômico mais complexo.

Qual o preço que o Brasil está disposto a pagar para manter a inflação sob controle, se isso significa sacrificar um crescimento econômico mais forte?

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