Explosão em apartamento causa incêndio e deixa jovem gravemente ferida em Uberlândia

Foto: divulgação Corpo de Bombeiros

Uma explosão seguida de incêndio em um apartamento no Bairro Shopping Park, em Uberlândia, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros na tarde desta terça-feira (16). O caso ocorreu no edifício Colina Sul, localizado na Rua Mauro Belório.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o chamado foi registrado por volta das 13h45 e quatro viaturas foram deslocadas para o atendimento. A suspeita inicial é de que o incêndio tenha sido provocado por um vazamento de gás encanado, que resultou em forte explosão e chamas dentro do imóvel.

A Prefeitura de Uberlândia informou, em nota, que a Defesa Civil interditou temporariamente o prédio para avaliação das estruturas e segurança dos moradores.

Estado da vítima

A jovem Danielle, de 22 anos, foi retirada do apartamento por vizinhos logo após a explosão e levada inicialmente à UAI São Jorge. Em seguida, foi transferida para o Hospital de Clínicas da UFU, onde permanece internada em estado muito grave, com queimaduras em cerca de 90% do corpo.

Segundo familiares, Danielle provavelmente já havia inalado gás antes de acender o fogão. Eles explicaram que, por estar sonolenta após acordar, pode não ter percebido o cheiro característico do vazamento. Ao acender a chama, ocorreu a explosão.

Versões em conflito

O episódio gerou controvérsia entre familiares e a administração do condomínio. Em entrevista ao V9 Vitoriosa, a síndica do edifício classificou como “totalmente inverídica” a versão de que não teria alertado os moradores. Ela afirmou que medidas preventivas foram tomadas e comunicadas via grupo de WhatsApp do condomínio.

A família de Danielle, no entanto, contesta essa versão. Eles afirmam que o grupo de mensagens não pode ser considerado um canal oficial de comunicação em casos graves e que a jovem não fazia parte dele — apenas sua mãe estava inscrita, mas estava trabalhando no momento do ocorrido.

“O WhatsApp não é veículo oficial de comunicação em casos graves. Se há um vazamento de gás de grande importância, o certo seria interfonar, bater de porta em porta ou até deixar avisos debaixo da porta”, destacou a família em declaração ao V9.

Os parentes também lamentaram que a situação esteja sendo usada para culpar a vítima:

“O que a síndica passou para a imprensa é totalmente inverídico. O condomínio tem responsabilidade, porque havia meios de avisar de outra forma. É injusto culparem alguém que está numa cama, lutando pela vida, sem ter chance de se defender.”

Investigação

O Corpo de Bombeiros informou que a perícia técnica será realizada para identificar as causas exatas do acidente e garantir a segurança do condomínio.

Pronunciamento da síndica

O caso também gerou controvérsia após a repercussão do relato da família da jovem. Em reportagem do V9 Vitoriosa, familiares afirmaram que não houve aviso prévio do condomínio sobre riscos envolvendo a rede de gás. A síndica do edifício, no entanto, rebateu a versão, classificando-a como “totalmente inverídica” e afirmando que medidas preventivas foram tomadas e comunicadas aos moradores.

As autoridades destacaram que a perícia técnica será realizada para identificar as causas exatas do acidente e garantir a segurança do condomínio.

Dois moradores reclamaram pra mim de um cheiro de gás no meu particular. Foi onde eu já corri e mandei as mensagens no grupo, porque não tinha como eu ficar mandando em lista de transmissão. Acusadores vão ter muitos, mas eu tô muito respaldada, a Defesa Civil tá aqui. Não tenho nada a esconder. Agora aconteceu isso, todo mundo vai ficar jogando um pro outro, essa é a grande realidade.”

E outra coisa, eu ajudei também ela a sair daqui. Ela estava conversando, eu tenho testemunhas, eu tenho filmagens que ela estava conversando. Ela saiu daqui conversando, entendeu? Eu não sei o que aconteceu. Se ela estava dormindo ou não, se ela não viu. Eu gritei, eu pedi para evacuar as unidades. Isso aqui é um meio de todos também aqui.

E o grupo é criado também para avisos importantes. Porque o síndico aqui cuida de mais de 400 pessoas, não tinha como. Então, eu estou naquele momento ali. A gente saiu evacuando as unidades, o Corpo de Bombeiros arrebentando tudo. Porque isso é a nossa precaução aqui. Aconteceu, foi um acidente, não é culpa do condomínio.

 

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