Um ano depois de altas consecutivas, IBGE registra queda na inflação e setor de Alimentação tem resultado positivo

Índice em agosto ficou em – 0,11% e queda expressiva de preços de alimentos dá folego a comerciantes, diz Abrasel Baixada Santista

Depois de altas expressivas em itens essenciais como ovo, café, tomate, carnes, cebola ao longo do ano, pelo terceiro mês consecutivo houve deflação no segmento de Alimentação e Bebidas, um dos nove setores analisados mensalmente pelo IBGE e que compõe a inflação.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto houve deflação (-0,11%) nos resultados gerais, primeira queda expressiva desde agosto de 2024 (-0,02%) e a mais intensa desde setembro de 2022 (-0,29%). Em julho, a inflação no país havia sido de (0,26%).

O grupo Alimentação e Bebidas registrou deflação (-0,46%) e só ficou atras do segmento Habitação (-0,90%). Num acumulado geral, depois de tantas altas, estas quedas são significativas, é que diz a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel Baixada Santista, que acompanha de perto mensalmente os resultados.

“Isso significa um folego para os comerciantes que durante meses lidaram com tantas altas. Mas, é importante destacar que o segmento está em recuperação, porque nos meses de alta, muitos tiveram que fazer empréstimos, recalcular o funcionamento dos estabelecimentos, tudo para não repassar para os consumidores”, diz o líder institucional, Luan Paiva.

Dados completos do segmento
O grupo Alimentação e bebidas de maior peso no índice, teve deflação pelo terceiro mês consecutivo (-0,18% em junho e -0,27 em julho) e têm dois subgrupos: o primeiro deles, a alimentação fora do lar desacelerou na passagem de julho (0,87%) para agosto (0,50%), puxada pelo subitem lanche que caiu quase pela metade e passou de (1,90%) em julho para (0,83%) em agosto.

O outro ítem é alimentação no domicílio e no destaque as reduções no tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%).

“Produtos mais em conta dão um respiro pros comerciantes. Ainda mais quando falamos de itens essenciais como café, cebola, ovos, tomate. Por isso, sempre orientamos para quem trabalha com alimentação fora do lar: negocie e pesquise. Desta forma, é possível poupar um pouco”, comenta o líder de relacionamento da Abrasel Baixada Santista, Guilherme Karaoglan.

Altas expressivas
O vilão da vez é o grupo Educação que saiu de um índice zerado em julho e foi para (0,75%) em agosto. Alta puxada pelos reajustes nos cursos regulares (0,80%), principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,26%) e ensino fundamental (0,65%).

Em 2025, a inflação acumulada é de (3,15%) e, nos últimos 12 meses, de (5,13%).

Resultados totais na inflação
• Habitação: -0,90%
• Alimentação e Bebidas: -0,46%
• Transportes: – 0,27%;
• Artigos de residência: -0,09%;
• Comunicação: -0,09%.
• Despesas pessoais: 0,40%;
• Saúde e cuidados pessoais: 0,54%;
• Vestuário: 0,72%;
• Educação: 0,75%;

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