Agosto marca o início do ano letivo em muitas universidades americanas e, mesmo diante das restrições impostas pelo governo Donald Trump nos últimos meses, o interesse de brasileiros em estudar ou viver nos Estados Unidos permanece elevado.
O Brasil ocupa atualmente a sexta posição no ranking global de saída de milionários, reflexo da busca crescente por alternativas mais seguras e estáveis para o futuro.
Entre os vistos mais requisitados estão o EB-2 NIW, voltado a profissionais com habilidades excepcionais e relevância nacional, e o EB-1A, destinado a pessoas com histórico de realizações extraordinárias. Também aumentou a procura por vistos de estudante, mesmo com o endurecimento dos critérios para concessão.
Não apenas jovens em busca de graduação, mas também profissionais já qualificados no Brasil têm procurado especializações, mestrados e cursos de aperfeiçoamento que ampliem oportunidades internacionais e fortaleçam suas carreiras.
“O episódio da suspensão temporária dos vistos para Harvard causou apreensão entre jovens e profissionais que desejavam aprofundar seus estudos nos EUA. No entanto, esses entraves foram superados pela justiça americana”, afirma o advogado e professor Dr. Vinicius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA). Ele ressalta que os Estados Unidos continuam sendo “o destino mais cobiçado do mundo, oferecendo universidades de renome, oportunidades de pesquisa e um ambiente diverso que estimula o desenvolvimento pessoal e profissional. Essa experiência abre portas no mercado global e fortalece trajetórias”.
Os estados mais procurados pelos brasileiros seguem sendo Flórida, Massachusetts, Califórnia, Nova York e Texas, que reúnem oportunidades econômicas, instituições de ensino de prestígio e comunidades imigrantes consolidadas.
Embora as mudanças recentes exijam cautela, a busca por estabilidade e novas perspectivas nos EUA continua sendo prioridade para muitos brasileiros. “Com Trump à frente, algumas incertezas no processo de imigração podem surgir com mais intensidade, mas vale mais do que nunca contar com o apoio de advogados e profissionais que acompanham de perto as mudanças na legislação migratória”, completa Bicalho, que também é cidadão americano.