Zelenskiy e Trump discutem trégua e acordo de cooperação militar antes de prazo para paz

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou nesta terça-feira (5) que manteve uma conversa direta com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir possibilidades de trégua no conflito com a Rússia e avanços em um acordo de cooperação militar entre os dois países. A informação foi divulgada por Zelenskiy em pronunciamento oficial e confirmada por fontes ouvidas pela agência Reuters.

De acordo com Zelenskiy, a conversa teve como foco central a intensificação das sanções econômicas contra Moscou, além da finalização de um acordo estratégico envolvendo a produção conjunta de drones militares. O governo ucraniano considera o projeto uma prioridade para reduzir a dependência externa e ampliar a autonomia operacional em meio à guerra, que entrou no quarto ano consecutivo.

Durante a reunião, Trump estabeleceu um prazo até 8 de agosto para que seja alcançado algum avanço significativo nas tratativas por um cessar-fogo. Segundo fontes ligadas à Casa Branca, caso não haja progresso até essa data, o governo norte-americano poderá ampliar sanções econômicas e políticas contra a Rússia. A medida incluiria novas restrições ao setor energético e financeiro russo, além de possíveis ações de contenção diplomática em organismos multilaterais.

Zelenskiy classificou o diálogo como “estratégico” e afirmou que a Ucrânia segue aberta a negociações, desde que respeitados os princípios de soberania e integridade territorial. Ele também indicou que a produção de drones em território ucraniano, com apoio tecnológico dos Estados Unidos, poderá começar ainda este ano, caso os termos do acordo sejam finalizados.

A Rússia, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre as declarações. O Kremlin tem reiterado que qualquer trégua deve considerar as “realidades no campo de batalha” e rejeita condições impostas unilateralmente pelo Ocidente.

A conversa entre Trump e Zelenskiy ocorre em meio a novas articulações diplomáticas de países europeus, que buscam evitar uma nova escalada militar no segundo semestre. Apesar das movimentações, analistas internacionais veem com ceticismo a possibilidade de um acordo de paz no curto prazo, diante da rigidez das posições em ambos os lados.

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