Ataques russos em Kyiv deixam ao menos 11 mortos

Na madrugada do dia 31 de julho de 2025, a capital da Ucrânia, Kyiv, foi alvo de um dos mais intensos ataques aéreos desde o início da guerra, com uma barragem coordenada de drones e mísseis lançada pela Rússia. Segundo a agência Reuters, os ataques deixaram ao menos 11 mortos, entre eles um menino de seis anos. Mais de cinquenta pessoas ficaram feridas, incluindo diversas crianças.

De acordo com o governo ucraniano, o ataque envolveu mais de 300 drones e oito mísseis de cruzeiro. As defesas aéreas conseguiram interceptar 288 drones e três mísseis, mas o restante atingiu áreas densamente povoadas da cidade. Entre os alvos estavam prédios residenciais, escolas e um hospital infantil. Um edifício de nove andares parcialmente desabou após ser atingido, e equipes de resgate trabalharam durante horas para salvar moradores soterrados.

A agência de notícias AP News informou que o ataque causou destruição significativa em pelo menos 27 áreas da cidade. Crianças feridas foram levadas às pressas a hospitais locais, algumas em estado grave. As imagens divulgadas mostram ruas cobertas de escombros, ambulâncias em movimento constante e civis ajudando no resgate.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy classificou os ataques como uma “execução deliberada” e acusou Moscou de intensificar a violência justamente no momento em que pressões diplomáticas exigem uma trégua. “Atacar nossas crianças não é apenas um crime de guerra. É uma tentativa de destruir o futuro da Ucrânia”, afirmou Zelenskyy em pronunciamento oficial.

O prefeito de Kyiv, Vitali Klitschko, também se pronunciou, chamando o episódio de “o ataque mais brutal e letal contra crianças desde o início da guerra”. Ele reforçou pedidos de reforço à defesa aérea da capital e fez um apelo para que a comunidade internacional responda com novas sanções e apoio militar mais efetivo.

Segundo o Financial Times, o ataque ocorre dias após os Estados Unidos apresentarem um ultimato exigindo cessar-fogo até o dia 8 de agosto. A escalada da violência parece contrariar esse esforço, aumentando as tensões com os países da OTAN e aprofundando a crise humanitária em curso na Ucrânia.

Especialistas em segurança consultados pelo Al Jazeera avaliam que o uso intensivo de drones e mísseis evidencia uma tentativa da Rússia de esgotar os sistemas de defesa ucranianos e pressionar psicologicamente a população civil. A ONU condenou o ataque e anunciou que enviará uma equipe para investigar possíveis violações de direitos humanos.

A ofensiva aérea russa representa uma deterioração clara das condições de segurança na capital ucraniana e reforça a urgência de medidas internacionais mais enérgicas para proteger civis, especialmente crianças, em meio ao prolongado conflito.

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