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Hoje, 28 de julho, autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China se reuniram em Estocolmo para uma nova rodada de negociações focadas na extensão por três meses da trégua tarifária vigente entre as duas potências. O encontro, conduzido pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo vice-premiê chinês, He Lifeng, durou mais de cinco horas e teve como objetivo principal consolidar um acordo tarifário duradouro antes do prazo de 12 de agosto, data limite para formalizar o entendimento preliminar obtido em maio e junho.
Segundo reportagem da agência Reuters, embora não se esperassem avanços significativos nesta etapa, as conversas enfatizaram a supervisão dos acordos atuais, a garantia do fluxo de minerais críticos para a indústria e a preparação para um comércio bilateral mais equilibrado. O objetivo declarado das negociações é evitar a reimposição de tarifas elevadas que possam comprometer as cadeias globais de suprimentos e aumentar as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A mesma fonte aponta que, apesar da busca por um ambiente mais estável, as tensões entre Washington e Pequim continuam elevadas. Legisladores norte-americanos estão planejando projetos de lei críticos em relação a direitos humanos na China, e a visita do presidente de Taiwan aos Estados Unidos, considerada potencialmente delicada, está prestes a ser adiada para evitar um novo agravamento diplomático.
As negociações recentes em Genebra e Londres haviam estabelecido a suspensão temporária de tarifas retaliatórias e medidas para restaurar as exportações de tecnologia e minerais estratégicos, embora não tenham avançado em questões estruturais mais profundas. Analistas consultados pela Reuters ressaltam que a complexidade das relações comerciais entre Estados Unidos e China exige mais tempo e esforço para alcançar soluções de longo prazo e reformas econômicas sustentáveis.
Além disso, a pressão internacional sobre a China tem aumentado, com os Estados Unidos buscando não apenas a redução tarifária, mas também mudanças econômicas significativas, como a diminuição da dependência das exportações, o enfrentamento da crise do mercado imobiliário e a transição para uma economia baseada no consumo interno.
A possibilidade de uma cúpula entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping é vista como um passo estratégico para avançar nas negociações comerciais e políticas, buscando evitar um novo ciclo de escalada tarifária e retomar o diálogo bilateral em um momento de instabilidade global.