Interesse estratégico: Araxá entra no radar internacional por suas riquezas minerais

O interesse recente de Donald Trump por Araxá, em Minas Gerais, está diretamente relacionado ao potencial mineral da região, especialmente em nióbio e terras raras. A mineradora australiana St. George Mining anunciou um investimento inicial de US$ 20 milhões para desenvolver o Projeto Araxá, considerado um dos mais promissores do país. A região concentra uma das maiores reservas mundiais desses elementos, com destaque para o nióbio — essencial para ligas metálicas de alta resistência — e para os minerais críticos usados nas indústrias de alta tecnologia.

Esse movimento ocorre em um cenário geopolítico marcado pela disputa entre Estados Unidos e China. Atualmente, a China domina a cadeia global de terras raras, com cerca de 60% a 70% da produção mundial e quase 90% da capacidade de processamento. Diante disso, o governo norte-americano busca alternativas para reduzir essa dependência, e o Brasil, com sua riqueza mineral, surge como um parceiro estratégico.

A estimativa é que o projeto em Araxá possa produzir mais de cinco mil toneladas por ano, sendo o nióbio o principal motor da viabilidade econômica, enquanto os elementos de terras raras agregam valor e reforçam a importância do empreendimento. O interesse internacional, inclusive por parte de lideranças políticas como Donald Trump, se explica pela necessidade dos Estados Unidos em garantir fontes seguras de minerais essenciais para setores como defesa, eletrônicos, energia e mobilidade elétrica.

A informação foi divulgada pelo jornal Diário do Comércio, com base em dados da própria St. George Mining e de análises do mercado internacional. O investimento em Araxá reforça o protagonismo mineral brasileiro em um cenário global cada vez mais competitivo e sensível à soberania sobre recursos estratégicos.

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