General admite autoria de plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Foto: reprodução

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal, no dia 24 de julho de 2025, o general da reserva Mário Fernandes admitiu ser o autor do documento que detalhava um plano de atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O material, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, foi elaborado entre outubro e novembro de 2022, às vésperas da posse do novo governo, e previa a eliminação física das principais lideranças do Executivo e do Judiciário. A confissão foi divulgada pela CNN Brasil, com base em informações obtidas junto às investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Segundo o relatório da PF, o plano foi impresso no Palácio do Planalto e discutido com membros do alto escalão do governo anterior. O documento detalhava estratégias de envenenamento e uso de armamento pesado, incluindo fuzis e explosivos, para execução simultânea dos alvos. A Procuradoria-Geral da República afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi informado do conteúdo e demonstrou anuência com os termos do plano, que fazia parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas à tentativa de golpe de Estado.

A defesa do general alegou que o texto representava apenas um exercício de análise pessoal e que não havia intenção de execução prática. A Procuradoria contesta essa versão, indicando que o conteúdo foi compartilhado com militares da ativa e integrantes da segurança institucional, como integrantes das Forças Especiais do Exército.

Além de Fernandes, outros militares e agentes de segurança estão sob investigação no inquérito que tramita no STF, acusado de crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e conspiração armada contra os Poderes. O processo segue sob sigilo parcial e é relatado pela ministra Cármen Lúcia. A confissão do general reforça a linha de investigação que aponta a existência de uma articulação golpista em andamento no período pós-eleitoral de 2022.

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