Neblina na pista, perigo à vista: especialista orienta como dirigir com segurança em condições de baixa visibilidade

Durante o inverno, a ocorrência de neblina é frequente em diversas rodovias brasileiras, especialmente nas primeiras horas da manhã e em regiões serranas. Essa condição climática reduz significativamente a visibilidade e está associada a acidentes como colisões traseiras, saídas de pista e engavetamentos.

A visibilidade comprometida afeta diretamente o tempo de reação dos condutores. “A postura preventiva começa ainda no planejamento da viagem”, afirma Marcelo Dias, instrutor sênior de capacitação e treinamento do CEPA Mobility. Ele recomenda verificar, antes da viagem, o sistema de iluminação do veículo, os limpadores de para-brisa e os desembaçadores, além de consultar a previsão do tempo. Se possível, evitar deslocamentos nos horários mais críticos.

Além da visibilidade, a umidade na pista representa um risco adicional. Pneus podem perder aderência com mais facilidade, principalmente se estiverem desgastados. “Movimentos suaves ao acionar volante, freios e acelerador ajudam a manter a estabilidade do veículo”, orienta Marcelo. Ele reforça a importância de manter a calibragem correta e a profundidade adequada dos sulcos dos pneus.

Em relação à iluminação, o uso do farol alto deve ser evitado. A luz refletida nas partículas de água da neblina prejudica ainda mais a visibilidade. “O ideal é usar faróis baixos, luzes de neblina — se o veículo possuir — e manter as luzes de posição acesas para ser visto por outros motoristas”, explica o especialista.

Outro ponto essencial é o aumento da distância de seguimento. Em condições normais, a recomendação é manter uma distância de três segundos em relação ao veículo à frente. Com neblina, o ideal é dobrar esse tempo. “O condutor deve considerar entre quatro e seis segundos para manter uma distância segura. Além disso, evitar ultrapassagens e manter uma velocidade constante são atitudes que reduzem os riscos”, pontua.

Em caso de necessidade de parada, a recomendação é nunca utilizar a faixa de rolamento. “O ideal é buscar um local seguro, como um posto de serviço e, em último caso, o acostamento, sinalizando com o triângulo e o pisca-alerta. O pisca-alerta não deve ser utilizado com o veículo em movimento”, alerta Marcelo.

Por fim, ele orienta atenção redobrada aos motoristas com menos experiência: manter a calma, evitar manobras bruscas e, sempre que possível, aguardar até que as condições melhorem. “A prudência é a principal aliada do motorista em situações de baixa visibilidade”, conclui.

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