Israel lançou, nas primeiras horas desta quarta-feira (16), uma série de ataques aéreos contra alvos estratégicos em Damasco, capital da Síria. Segundo informações da agência Reuters, os bombardeios atingiram a sede do Ministério da Defesa, áreas próximas ao palácio presidencial e outros pontos considerados de alto valor militar.
A ofensiva ocorre em meio à intensificação do conflito sectário na província de Suwayda, no sul do país, onde confrontos entre drusos e tribos sunitas já deixaram dezenas de mortos. De acordo com fontes militares israelenses ouvidas pela Reuters, o ataque tem como objetivo “impedir massacres e proteger a população drusa”, minoria étnico-religiosa que também está presente em Israel e nas Colinas de Golã.
O governo sírio confirmou os bombardeios e afirmou que sistemas de defesa antiaérea foram acionados, embora não tenham sido capazes de interceptar todos os mísseis. O regime de Bashar al-Assad classificou a ação como uma “agressão direta” e prometeu resposta no tempo e forma adequados.
A escalada nas tensões preocupa a comunidade internacional. Observadores veem o ataque como um dos mais ousados de Israel nos últimos anos, por atingir áreas centrais da capital síria, incluindo prédios próximos à sede do poder executivo.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o ataque também pode ser interpretado como um sinal de advertência à crescente influência iraniana na Síria e à movimentação de milícias aliadas ao Hezbollah na região.
Até o momento, não há confirmação oficial sobre o número de mortos ou feridos. O ataque eleva o risco de uma ampliação do conflito e representa uma nova fase na complexa dinâmica geopolítica do Oriente Médio.