Elis vive! Espetáculo une dança e música para celebrar seus 80 anos em Uberlândia

Chega a Uberlândia “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”, um espetáculo de dança contemporânea poético e arrebatador, de trilha sonora inédita e performances incríveis, com sessões gratuitas e acessibilidade

Em 17 de março deste ano, Elis Regina completaria 80 anos. Sua voz, seus gestos e o impacto que causava ao se apresentar seguem vivos na cultura brasileira. Como um fogo criativo, Elis continua inspirando artistas, como o diretor e coreógrafo Diego Pizarro, idealizador de “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”, o espetáculo de dança contemporânea que chega a Uberlândia para duas sessões, nos dias 12 e 13 de julho, às 20h, no Cineteatro Nininha Rocha, com entrada gratuita. No dia 12 a sessão terá intérprete de Libras e audiodescrição.

O projeto é apresentado pelo Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (CEDA-SI), grupo criado por estudantes do curso de licenciatura em dança do Instituto Federal de Brasília e artistas do Distrito Federal em 2012, sob a direção de Diego Pizarro.

Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, a turnê faz parte de um projeto que busca democratizar o acesso à arte, levando a dança contemporânea a grandes centros culturais, mas também a regiões fora do circuito tradicional das artes. A nova temporada estreou em Salvador (BA), em junho, passou por Belém (PA), no início de julho, e depois de Uberlândia, completa a tour em São Paulo (SP).

“Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”, tem como base os princípios somáticos de dança contemporânea e o que Diego denomina como “Anatomia Corpoética” — um método em que os movimentos surgem como respostas orgânicas e sensíveis ao que se ouve e sente. “É incrível como os tecidos vivos do corpo carregam aspectos físicos, mentais, energéticos, emocionais e espirituais, que nos fazem dançar, vocalizar, brincar e nos comover profundamente”, explica.

O diretor e sua equipe mergulharam no universo musical da cantora e, por meio de corpos dançantes, transmitem a emoção arrebatadora proporcionada por uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira.

Uma das principais referências para o grupo, além do repertório de Elis, foi a biografia “Elis Regina – Nada Será Como Antes” (2015), de Júlio Maria. “Todos leram, tanto do núcleo criativo quanto da equipe técnica. O foco do espetáculo, claro, é a voz da cantora, e a trilha precisava ser muito especial”, destaca Diego.

O músico português João Lucas, especialista em criação musical para dança, foi convidado para compor a trilha. Ele isolou a voz de Elis e criou uma faixa inédita, do início ao fim, que sustenta toda a atmosfera sonora do espetáculo. Assim, Elis — que nunca chegou a se apresentar em Uberlândia — marca presença na cidade de forma inédita e profundamente impactante.

Sobre Elis Regina
Nascida em Porto Alegre (RS), em 17 de março de 1945, Elis Regina demonstrou talento desde muito jovem. Aos 12 anos, participou do programa “Clube do Guri”, na Rádio Farroupilha, depois de uma primeira tentativa frustrada aos sete anos, quando ficou nervosa demais para se apresentar.

Na juventude, em meio ao auge da Bossa Nova, destacou-se por seu estilo único e ousado. Ganhou de Vinicius de Moraes o apelido de “Pimentinha”, pela força e intensidade de sua personalidade e voz. Tornou-se um dos maiores nomes dos festivais de música popular brasileira, brilhou na televisão, especialmente no programa “O Fino da Bossa”, ao lado de Jair Rodrigues, e conquistou o país com sua afinação, técnica e rítmica marcantes e interpretação apaixonada, transitando entre bossa, samba e MPB.

Entre 1961 e 1980, gravou 18 discos e eternizou clássicos como “O Bêbado e a Equilibrista”, “Como Nossos Pais”, “Arrastão” e “Madalena”. Parceira de gigantes como Tom Jobim, Milton Nascimento, Belchior e Chico Buarque, Elis faleceu em São Paulo, aos 36 anos, deixando uma obra irretocável e uma legião de fãs.

SERVIÇO
O QUE: Espetáculo “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”
QUEM: Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (DF)
QUANDO: 12 (sessão com acessibilidade) e 13 de julho
HORÁRIO: 20h
LOCAL: Cineteatro Nininha Rocha (Centro Municipal de Cultura)
INGRESSOS: gratuitos – disponíveis na bilheteria do teatro uma hora antes da sessão
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
MAIS INFORMAÇÕES: @cedasidf

FICHA TÉCNICA
Direção Geral, Pesquisa, Concepção de Coreografia: Diego Pizarro | Direção Artística, Preparação Musical de Rítmica: Victória Oliveira | Assistência de Direção: Sabrina Cunha | Coordenadora Administrativa, Gestão e Produção: Jaqueline Marques | Desenho de Luz e Coordenação Técnica: Ana Quintas | Criação Musical: João Lucas, incluindo releituras de canções interpretadas por Elis Regina, de composições de Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Roberto Carlos/Erasmo Carlos, João Bosco/Aldir Blanc, Edu Lobo/Vinicius de Moraes, Milton Nascimento/Ronaldo Bastos, Milton Nascimento/Fernando Brant e Dante Marchetti/Maurice de Féraudy/Armando Louzada | Cenografia e Figurinos: Roustang Carrilho | Pessoas Dançarinas: Camilla Nyarady, Cleani Calazans, Guilherme Victor, Isabel Oliveira, Romulo Santos | Assessoria de Comunicação: Ona Murka | Assistência de Produção: Dany Cristina | Designer Gráfico: Ricardo Augusto Mendes dos Santos | Foto, Vídeo e Projeção: Tom Lima | Produção local: Karina Silva e Samuel Giacomelli | Assessoria de Imprensa Local: Adreana Oliveira

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