Foto: Fobes Brasil
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou as primeiras imagens de um eclipse solar totalmente artificial, captadas pela missão Proba‑3 — composta por dois satélites que voam em formação precisa para simular o fenômeno natural de um eclipse. Segundo matéria da Forbes, a missão utiliza um dos satélites, chamado Occulter, para posicionar um disco que bloqueia o Sol, projetando uma sombra sobre o segundo satélite, o Coronagraph, a cerca de 150 metros de distância. Esse alinhamento permite observar a tênue atmosfera externa do Sol, conhecida como coroa, com nitidez inédita.
A Proba‑3 consegue gerar eclipses sob demanda, criando um “eclipse artificial” com duração de até seis horas, muito mais longo do que os poucos minutos de um eclipse natural observado da Terra. Segundo matéria da Forbes, a missão deve gerar até mil horas de imagens da coroa solar, possibilitando análises aprofundadas sobre a aceleração do vento solar e as ejeções de massa coronal — fenômenos que afetam o chamado “clima espacial” e podem impactar sistemas de comunicação e energia no planeta.
As imagens iniciais mostram a coroa em diferentes espectros, revelando detalhes como o ferro ionizado a temperaturas de milhões de graus, em tons verde-escuros, e estruturas de plasma em amarelo e violeta. Ainda de acordo com matéria da Forbes, esse avanço tecnológico representa um marco para a astronomia, permitindo estudar a coroa solar com frequência e precisão inéditas.