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Nesta quarta-feira, 25 de junho, completam-se 16 anos da morte de Michael Jackson, um dos maiores nomes da história da música mundial. O artista, que faleceu em 2009, aos 50 anos, em Los Angeles, deixou um legado que transcende gerações e fronteiras. Sua morte, causada por uma parada cardíaca após o uso indevido de medicamentos controlados, chocou o mundo e encerrou de forma abrupta a carreira de um dos artistas mais inovadores e influentes do século XX.
Nascido em 1958, na cidade de Gary, Indiana (EUA), Michael Jackson iniciou sua trajetória artística ainda na infância, como integrante do grupo Jackson 5, formado com seus irmãos. O grupo logo se destacou pela energia e talento precoce de Michael, que rapidamente passou a ser o centro das atenções. Segundo reportagem da revista Rolling Stone, aos 11 anos ele já demonstrava habilidades vocais e performáticas que o colocavam acima da média, sendo apontado como uma criança prodígio.
A carreira solo decolou definitivamente no fim da década de 1970, com o álbum Off the Wall (1979), produzido por Quincy Jones. Misturando disco, funk e R&B, o disco foi aclamado pela crítica e abriu caminho para o que viria a seguir: Thriller (1982), o álbum mais vendido de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias comercializadas, conforme registros da RIAA, a associação norte-americana da indústria fonográfica.
Thriller não apenas consolidou Michael como um fenômeno global, mas também revolucionou a indústria do videoclipe. O vídeo da faixa-título, dirigido por John Landis, é considerado um marco audiovisual e ajudou a quebrar barreiras raciais na MTV, que até então restringia a exibição de artistas negros. Segundo reportagem da BBC News, foi Jackson quem forçou a emissora a se abrir para a diversidade musical e cultural, tornando-se o primeiro artista negro a atingir rotação constante no canal.
Ao longo dos anos 1980 e 1990, Michael Jackson lançou álbuns de enorme sucesso, como Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory (1995), sempre acompanhado de turnês monumentais e performances inovadoras. Suas coreografias, como o moonwalk — apresentado pela primeira vez ao público em 1983 — tornaram-se ícones da cultura pop. O artista também inovou ao transformar seus videoclipes em verdadeiras obras cinematográficas, como em Black or White, Scream e Remember the Time.
Fora dos palcos, Michael também se destacou por sua atuação filantrópica. De acordo com matéria publicada pelo Los Angeles Times, ele doou milhões de dólares a hospitais, instituições de combate à AIDS e programas de apoio a crianças ao redor do mundo. Em 1992, criou a Heal the World Foundation, com o objetivo de promover melhorias na saúde e no bem-estar infantil em diferentes países.
Apesar do enorme sucesso, a vida do artista foi marcada por polêmicas e desafios. Michael enfrentou acusações de abuso sexual infantil — das quais foi absolvido em julgamento em 2005 —, além de sofrer com questões de saúde física e mental ao longo dos anos. A pressão constante da fama, o assédio da mídia e o uso contínuo de medicamentos afetaram profundamente sua vida pessoal.
Mesmo diante das controvérsias, seu impacto na música, na dança e na cultura de massa é inegável. Segundo reportagem da revista Variety, Michael Jackson venceu 13 prêmios Grammy e influenciou diretamente dezenas de artistas contemporâneos, como Beyoncé, Usher, Justin Timberlake e The Weeknd. Suas músicas continuam sendo reproduzidas, remixadas e estudadas por especialistas e fãs no mundo todo.
Desde sua morte, diversos projetos foram criados para preservar sua memória. O musical MJ The Musical, em cartaz na Broadway, ganhou prêmios importantes e reafirma a presença de Michael como referência no universo das artes performáticas. Documentários, livros e tributos reforçam ano após ano a magnitude de sua contribuição.
Neste 25 de junho, fãs ao redor do mundo prestam homenagens ao artista que transformou a música pop, elevou o videoclipe a uma nova forma de arte e usou sua fama para promover causas sociais. A frase “Rei do Pop” não é apenas um título simbólico, mas o reflexo de uma carreira que redefiniu os limites da criatividade, do espetáculo e da emoção.
