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Em meio a um cenário internacional cada vez mais instável, diversos conflitos armados continuam ativos em diferentes regiões do mundo, gerando impactos humanitários, políticos e econômicos. Segundo levantamento publicado pelo The Guardian em 16 de junho de 2025, os principais focos de guerra incluem Ucrânia, Sudão, Somália, Etiópia, Mianmar e, mais recentemente, o Oriente Médio, com a escalada entre Israel e Irã.
A guerra na Ucrânia segue como um dos conflitos mais prolongados da atualidade, tendo entrado em seu quarto ano desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Segundo publicação do The Guardian, a Ucrânia vem realizando ataques de longo alcance a alvos estratégicos russos, como fábricas de drones em Yelabuga, a mais de mil quilômetros da fronteira. Por outro lado, a Rússia intensificou bombardeios em cidades como Kremenchuk e Kharkiv, atingindo inclusive escritórios de empresas ocidentais como a Boeing. De acordo com a Reuters, há uma nova ofensiva russa na região de Donetsk e relatos de retomada de vilarejos estratégicos, enquanto tropas ucranianas seguem resistindo com apoio logístico de países europeus e dos EUA.
No Oriente Médio, a tensão entre Israel e Irã se transformou em confronto militar direto neste mês de junho. Segundo publicação do New York Post, Israel lançou a “Operação Rising Lion”, que destruiu dezenas de alvos em Teerã, incluindo instalações nucleares. O Irã respondeu com mísseis balísticos e ataques aéreos, gerando temores de uma escalada para um conflito regional de grandes proporções. Segundo a CNN International, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou para os riscos de contaminação radioativa e de uma eventual corrida nuclear no Oriente Médio.
Enquanto isso, na África, o Sudão vive uma das maiores crises humanitárias do planeta. Desde abril de 2023, o país está imerso em uma guerra civil entre o exército regular (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF). Segundo reportagem da BBC News, mais de 12 milhões de pessoas foram deslocadas, e estima-se que o número de mortos possa superar 60 mil. A capital Cartum e a região de Darfur são epicentros de massacres, estupros sistemáticos e fome extrema.
Na Somália, o grupo extremista Al-Shabaab retomou ofensivas violentas no centro do país. Segundo o Al Jazeera English, desde fevereiro de 2025, diversas aldeias foram atacadas, soldados foram mortos e civis sequestrados. Há registro da derrubada de um helicóptero militar por forças jihadistas, o que evidencia a crescente capacidade armamentista do grupo.
A guerra civil na Etiópia, especialmente na região de Amhara, também persiste. Desde o fim do conflito no Tigré em 2022, milícias Fano entraram em choque com forças federais em busca de maior autonomia. Segundo reportagem do The New Humanitarian, ofensivas recentes em cidades como Wollo deixaram centenas de mortos, com denúncias de uso de drones contra civis.
No Sudeste Asiático, a guerra civil em Mianmar (Myanmar) permanece intensa desde o golpe militar de 2021. Segundo matéria publicada pelo The Diplomat, rebeldes armados e milícias étnicas vêm conquistando territórios importantes, como Rakhine e Shan. Em resposta, o exército (Tatmadaw) tem utilizado bombardeios aéreos contra zonas civis, agravando o número de refugiados e de mortos, que já ultrapassa 35 mil.
Outros conflitos menores também seguem ativos. Na Líbia, choques entre milícias rivais em Trípoli voltaram a ocorrer, segundo apurou a Deutsche Welle. No estado de Manipur, na Índia, a violência étnica entre grupos Meitei e Kuki já resultou em mais de 200 mortes e milhares de deslocados, segundo a India Today.
