Aprender a se perdoar é aceitar que a versão de ontem já não vive mais aqui. E que a culpa, se não for acolhida com maturidade, vira um ciclo que aprisiona. Não é sobre se livrar da responsabilidade, mas sobre transformar o arrependimento em sabedoria.
É um processo silencioso, por vezes lento, mas incrivelmente libertador. Envolve encarar suas próprias sombras, escutar seus arrependimentos com honestidade e, ainda assim, escolher seguir adiante – mais leve, mais consciente e, principalmente, mais humano.
Errar, todo mundo erra. Mas seguir em frente exige mais do que reconhecer o erro. Exige não se aprisionar a ele, seguir a vida em paz. Porque enquanto você se mantiver refém do erro, a vida não avança – ela só repete.
Às vezes, é mais fácil carregar a culpa do que abrir espaço para recomeçar. A gente se agarra ao que não disse, ao que deixou de fazer, ao que poderia ter feito diferente e esquece também que tem direito a errar e de seguir em frente.
Se perdoar não é fingir que nada aconteceu. É olhar com honestidade para quem fomos, com carinho por quem somos e com a gentileza por quem ainda estamos tentando ser.
Perdoar-se não é esquecer. Nem fingir que nada aconteceu. É olhar para si com a mesma compaixão que você teria com alguém que ama muito. É entender que, em algum momento, com o que você sabia e sentia, você fez o melhor que podia. Talvez tenha errado – sim. Talvez tenha ferido alguém, tomado uma decisão precipitada ou se calado quando deveria ter se imposto. Mas continuar se punindo por isso não é justiça, é tortura emocional.
Perdoar-se é um gesto de coragem. Porque é mais fácil continuar se culpando do que tomar a decisão de recomeçar com amor por si. E, no fundo, é esse perdão que abre espaço para uma nova fase da vida.
Par isso, comece observando suas emoções e o que sente sobre si mesmo. Em seguida, aceite estar sentindo cada uma destas emoções e sobretudo se organizar para descarrega-la. Este é um passo importante. A ideia é que essas emoções sejam descarregadas, colocadas para fora, seja através de acompanhamento profissional, um hobbie ou outra maneira.
Seja sincero consigo mesmo sobre o motivo de estar sentindo tudo isso. Se acolha e se escute com amor. Assuma sua responsabilidade pelo que fez ou pelo que não fez. Perdoe-se e aceite-se.
Neste processo somos nós que erramos, nós que nos condenamos, nos punimos e nós que não nos perdoa. E por outro lado também somos nós que nos perdoamos.
Então hoje, pare por um instante. Respire fundo. E diga a si mesma: “Eu me perdoo. Eu aprendi. E mereço seguir em paz.”
Esse pode ser o início do seu reencontro mais bonito: com a mulher que você está se tornando. Seja corajosa!
