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A companhia aérea Azul (BVMF: AZUL4) protocolou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, com o objetivo de reestruturar uma dívida que chega a cerca de R$ 35 bilhões. O processo foi aberto sob o Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana, mecanismo comum entre empresas multinacionais em dificuldades financeiras.
Crise financeira e estratégia
De acordo com publicação da Reuters, a Azul busca preservar suas operações enquanto reorganiza sua estrutura de dívidas. A empresa foi fortemente impactada por altos custos operacionais e efeitos prolongados da pandemia de COVID-19 sobre o setor aéreo.
A companhia afirma que continuará operando normalmente durante o processo.
Financiamento garantido
Ainda segundo a Reuters, a Azul garantiu um financiamento de US$ 1,6 bilhão como parte do processo de reestruturação. Esse montante será usado para manter suas operações e pagamento de obrigações de curto prazo.
Além disso, há previsão de captação adicional de até US$ 950 milhões após a conclusão do processo, possivelmente por meio da emissão de novas ações.
Acordos com credores estratégicos
A Azul fechou acordos com credores-chave, incluindo empresas de leasing de aeronaves, como a AerCap, e companhias aéreas American Airlines e United Airlines, ambas acionistas da empresa brasileira. Esses acordos foram fundamentais para viabilizar o pedido de proteção judicial com apoio do mercado.
Segundo o Financial Times, a companhia pretende eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, como parte do plano de reorganização financeira.
E a fusão com a Gol?
Com o início do processo de recuperação judicial, analistas colocam em dúvida a viabilidade da fusão entre Azul e Gol, que vem sendo especulada como forma de consolidar o setor aéreo brasileiro. A operação, se concretizada, criaria a maior companhia aérea do país.
O que diz a Azul?
A empresa declarou que o processo visa “ajustar a estrutura de capital da companhia de forma sustentável” e “reforçar seu compromisso com o Brasil e seus clientes”. O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a medida “representa um passo estratégico e necessário para proteger a empresa e seus colaboradores”.