O termo “brain rot” ou “apodrecimento cerebral” é uma expressão usada de maneira simples e figurada para descrever um estado de cansaço mental ou diminuição da clareza cognitiva, causada pela frequência e excessiva exposição e consumo de conteúdos superficiais e repetitivos das redes midiáticas. Está relacionada diretamente a sensação de cansaço e sobrecarga mental, perda de foco e concentração.
Resumindo, o termo está associado ao consumo de entretenimento sem valor educativo ou reflexivo, como memes, vídeos virais e outros vários conteúdos rápidos que não exigem esforço mental. Entende-se que a mente se torna menos ativa por conta de hábitos de consumo passivo e constante.
Quem nunca se viu usando a internet e redes sociais por horas e horas e nem se deu conta do tempo que se passou? Acho que para esta pergunta não sobrará um com resposta negativa.
Em um termo mais sério, o “empobrecimento cerebral” pode ser lima metáfora para como a exposição excessiva a esses estímulos pode afetar negativamente a capacidade de atenção, a memória e até mesmo o raciocínio mais críticos, como consequência a longo prazo se não houver equilíbrio no consumo do conteúdo. Tendo uma relação direta com a velocidade do pensamento humano.
Conforme publicado no site www.globo.com , cabe o alerta: “Segundo uma investigação científica publicada na revista “Neuron”, atualmente, nosso cérebro processa apenas 10 bits de informação por segundo, muito mais lento do que a capacidade de processamento de dados nos anos 90, que era 32 bits por segundo, por exemplo.”
É preciso se “policiar”, tentar evitar o tempo de telas e buscar atividades que fujam da utilização da tecnologia para evitar as consequências à saúde que podem ser várias como fadiga mental e emocional, irritabilidade, tendências a isolamento social, redução de atenção sustentada, redução da capacidade de concentração, baixa autoestima, angústia, depressão e ansiedade.
Para combater essa sobrecarga de telas, devemos promover o relaxamento a criatividade se faz necessária. Tão básico dizer que devemos praticar exercícios físicos regularmente, cuidar da alimentação, ter sono de qualidade, criar uma rotina de descanso digital, ter hobbies e desconectar de telas principalmente à noite e antes de dormir. A prática que é difícil, pois, nosso cérebro busca mesmo os prazeres imediatos e fáceis de serem absorvidos, por isso as redes sociais fazem tanto sucesso.
Vivemos num tempo que não há possibilidades de não utilizarmos a internet e consumirmos alguns tipos de conteúdo ou redes sociais, mas cabe a cada um de nós termos os cuidados e limites necessários para que não adoeçamos ou criemos seres humanos com dependências e o pior, com incapacidades e empobrecimento mental.