Os jogos de azar no Brasil e a relação com os jogos patológicos

A liberação dos jogos de azar no Brasil é um tema antigo que gera debate político, econômico e social. Está relacionada a preocupações com o jogo patológico. A regulamentação dos jogos, que envolve os cassinos, bingos, as apostas esportivas entre outros tipos, implica tanto questões econômicas quanto de saúde pública.
A liberação dos jogos de azar poderia gerar uma fonte de receita para o governo, através da taxação sobre estas atividades e a criação de empregos tanto no setor de turismo como no de entretenimento. Sua regulamentação permitiria que estas atividades que ocorrem clandestinamente, fossem monitoradas e tributadas.
O jogo ilegal já existe em várias partes do país, sem regulamentação ou controle. A legalização e regulamentação podem ajudar a coibir essa prática e trazer transparência para o setor. Com a legalização, seria possível impor regras mais claras e eficazes para proteger os jogadores, incluindo programas de educação, limites de apostas e apoio ao tratamento de quem desenvolve dependência. Cassinos e outras formas de jogos quando legalizados podem atrair turistas e promover o crescimento de várias regiões.
Em lugares onde o jogo foi legalizado, como nos Estados Unidos foi criado programas de jogo responsável para minimizar os efeitos adversos da legalização. Isso inclui apoio psicológico, controle de acesso a certos jogos para pessoas que tem algum risco e campanhas de conscientização.
No Brasil, caso os jogos sejam regulamentados, o país precisará de uma abordagem semelhante, com foco na proteção e na criação de uma estrutura para evitar um aumento de casos de ludopatia. A incidência do jogo patológico varia entre os países onde há a legalização, depende de fatores como acessibilidade aos jogos de azar, regulamentação e iniciativas de prevenção.
Estudos indicam que, em média, 1% a 3% da população adulta nos países onde o jogo é legalizado pode ser diagnosticada com transtorno do jogo patológico. Têm significativo prejuízo social, financeiro e emocional.

Créditos: Alfredo Demétrio – Psiquiatra e psicoterapeuta
CRM 25646 MG – RQE 19146 – RQE 19385
www.alfredodemetrio.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *