Aos 54 anos, Karen Teymeny deixou a Educação Física pela área de Desenvolvimento Pessoal, graças ao autoconhecimento.
Em busca de um novo propósito, muitos profissionais têm mudado de carreira. E para quem pensa que é tarde, se engana. Uma pesquisa recente da plataforma Currículo Online revelou que oito em cada dez profissionais brasileiros com mais de 40 anos já consideraram recomeçar em uma nova profissão. O levantamento revelou que 82,2% das pessoas nessa faixa etária pensaram ou ainda pretendem mudar de carreira, uma taxa alcançada superior aos brasileiros entre 16 e 24 anos, que é de 82%. Além disso, cerca de 70% dos entrevistados afirmaram acreditar que não existe limite de idade para mudar de carreira.
Segundo a analista comportamental e coach, Teresa Cristina Camargo, as razões que levam as pessoas a buscarem uma mudança de carreira são diversas. “Entre os fatores decisivos são a insatisfação com o trabalho ou com a empresa, a falta de perspectiva de aumento salarial, liderança imatura ou despreparada, ausência de reconhecimento profissional, um ambiente organizacional ruim, estresse físico ou mental, falta de oportunidades para progresso na carreira. As relações de trabalho mudaram, mas nem todos os empresários estão interessados em pensar fora da caixa”, explicou.
Karen Teymeny é um exemplo de profissional que reinventou sua carreira aos 54 anos. Formada em Educação Física aos 20 anos, trabalhou por dois anos no setor público e por mais 11 na rede particular. Com várias certificações, passou a atuar como personal trainer. Ela conta que, desde o início, havia previsto a meta de dar aulas até os 50 anos. “Enquanto ainda trabalhava como personal, fiz uma pós-graduação em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano. Uma professora que também atua como coach me ajudou a me redescobrir. Realizei um teste de perfil comportamental com ela, o que despertou meu interesse pela área de Desenvolvimento Pessoal. Estou nessa nova jornada há um ano”, afirma.
Para se ter ideia do quanto o trabalho tem sido repensado pelos profissionais, um estudo Engaja S/A, primeiro Índice de Engajamento de Funcionários no Brasil, desenvolvido pela Flash em parceria com a FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas) e o Grupo Talenses, averiguou o que influencia a interpretação de significado do trabalho. A pesquisa revelou que 25% dos colaboradores estão ativamente desengajados por não terem tempo para pensar, criar e descansar; 20,15% por não terem liberdade para realizar o trabalho do seu jeito; e 14% devido à falta de autonomia nas empresas.
Teresa Cristina, que também é especialista na aplicação da metodologia de inteligência emocional EVO, explica que por conta da insatisfação no trabalho, muitos têm procurado se autoconhecer e ousar em novas oportunidades que têm perfil. “É crescente o número de pessoas que busca por esse tipo de abordagem para descobrir sua verdadeira identidade, desenvolver habilidades, encontrar seu propósito e eliminar os impactos emocionais de experiências passadas e projeções equivocadas do futuro, que podem bloquear o caminho para a alta performance”, enfatiza.
Segundo Teresa, o autoconhecimento e o preparo para a mudança são essenciais para alcançar a felicidade tanto no trabalho quanto na vida familiar. “A metodologia EVO envolve técnicas abrangentes que melhoram os relacionamentos, a convivência familiar, fortalecem a mente contra estímulos negativos externos, ajudam a identificar e gerenciar emoções, além de promover mudanças de comportamento e reprogramação mental. O mercado de trabalho mudou, e as pessoas mais atentas às oportunidades estão buscando o autoconhecimento e promovendo transformações em suas vidas”, conclui Teresa.