Doação de medula óssea: compatibilidade é desafio e aumento de doadores disponíveis representa mais esperança para quem precisa

Chances de encontrar pessoas compatíveis é de apenas 1 em 100 mil

Para muitos pacientes com doenças graves, como leucemias e linfomas, o transplante de medula óssea pode representar a única esperança de cura. Entretanto, encontrar um doador compatível para que o procedimento aconteça ainda é um grande desafio.

Diante desse cenário, 17 de setembro representa o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, uma data dedicada a mostrar sobre a importância da doação e a agradecer às pessoas que se dispõem a salvar vidas através desse gesto. Além disso, também existe a conscientização sobre as chances de compatibilidade, que pode ser de 1 em 4 entre irmãos, mas apenas de 1 em 100 mil entre doadores não aparentados.

Lucas Oliveira especialista da Oncoclínicas Uberlândia, explica que a medula óssea é um tecido esponjoso localizado no interior dos ossos, e é responsável pela produção e renovação de células sanguíneas essenciais para o sistema imunológico. “Quando um paciente, está com um doença que afeta a medula e não permite renovação celular a primeira etapa do tratamento é medicamentosa. Caso não haja melhora, o transplante pode ser a única opção e envolve devolver células sanguíneas ao diagnosticado.”

Dentre as doenças e condições que têm o transplante de medula óssea como forma de tratamento estão:

  • Leucemias: mielóide aguda, linfocítica aguda, mielóide crônica e linfocítica crônica
  • Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin
  • Mielomas múltiplos
  • Síndrome mielodisplásica
  • Alguns tipos de tumores sólidos, como neuroblastoma.
  • Anemias: aplástica, Fanconi e hemoglobinúria paroxística noturna
  • Doenças hereditárias: deficiências imunológicas, doença metabólica e hemoglobinopatias
  • Doenças auto-imunes, como lúpus

De acordo com dados atualizados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), existem em torno de 5.773.597 pessoas cadastradas e aptas a doar. Em contrapartida, a média de pacientes em busca de pessoas com afinidade não aparentada é 650. “No entanto, a compatibilidade entre doador e receptor é extremamente específica, o que torna uma necessidade de se ter mais cadastros ativos um ato crucial e urgente. Inclusive, o processo é simples”, ressalva Lucas.

Processo para ser um Doador de Medula Óssea

O primeiro passo para se tornar um doador é o cadastro em um banco de dados, como o REDOME no Brasil. Esse processo inclui:

  •  a coleta de uma amostra de sangue para a tipagem HLA;
  •  exame que determina as características genéticas necessárias para identificar a compatibilidade entre doador e receptor.

Se for identificada afinidade, exames adicionais serão realizados para confirmar a saúde do doador e a viabilidade do transplante. Desde 2021, a idade máxima para novos cadastrados no REDOME é de 35 anos, permanecendo no banco até os 60 anos. “Dada a baixa probabilidade de compatibilidade fora do círculo familiar e a diversidade genética da população brasileira, é vital que mais pessoas se cadastrem como doadores de medula óssea. Um número maior de voluntários aumenta significativamente as chances de encontrar pessoas compatíveis, oferecendo a milhares de pacientes a oportunidade de uma nova vida.” explica o especialista.

Qualquer pessoa saudável, sem doenças infecciosas ou hematológicas, pode se cadastrar como doadora de medula óssea. Para isso, basta apresentar um documento de identidade oficial com foto e preencher uma ficha com seus dados pessoais.

Após a coleta de uma pequena amostra de sangue (5ml) para o exame de histocompatibilidade, o candidato terá seus dados incluídos no REDOME, aguardando para ser chamado. “O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é mais do que uma celebração; é um chamado à ação. Cada novo doador registrado é uma nova esperança para pacientes que aguardam um transplante. A adesão ao cadastro de doadores é essencial para aumentar as chances de compatibilidade e, consequentemente, salvar vidas. Seja um doador, seja a esperança de alguém.” finaliza, Lucas.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.

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