No dia 29 de maio é celebrado o Dia Mundial da Saúde Digestiva, uma data dedicada à conscientização sobre a importância do sistema digestório para a saúde geral e o bem-estar. Este ano, a campanha destaca uma preocupante estatística fornecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS): mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de problemas gastrointestinais, mas cerca de 90% não procuram atendimento médico e recorrem à automedicação.
O Dr. Silvio Capparelli, gastroenterologista do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, ressalta a complexidade do sistema digestório e sua interconexão com outros sistemas do corpo. “Ele é responsável pela economia e gestão dos alimentos, pela absorção, transformação e excreção. O gastroenterologista precisa ter conhecimento de muitas outras áreas além do sistema digestivo, pois ele lida com uma vasta gama de patologias que podem afetar desde o cérebro até outros órgãos relacionados ao próprio sistema”, explica.
Os sinais de alerta para problemas digestivos são variados e podem incluir dificuldade para engolir (disfagia), azia, queimação, diarreia com perda de peso, eliminação de sangue nas fezes, prisão de ventre e perda de peso devido à má absorção de nutrientes. De igual modo, fatores do estilo de vida moderno, como dieta inadequada e altos níveis de estresse, têm um impacto significativo na saúde digestiva.
“A correria do dia a dia, a alimentação rápida e inadequada e a falta de tempo para refeições tranquilas afetam negativamente a saúde digestiva”, alerta o Dr. Silvio. Ele sugere medidas preventivas simples e eficazes, como comer devagar, mastigar bem os alimentos, caminhar após as refeições, adotar uma dieta balanceada rica em frutas, verduras e legumes, e evitar alimentos ultraprocessados.
O gastroenterologista também chama a atenção para a epidemia de obesidade e síndrome metabólica, que frequentemente são acompanhadas por esteatose hepática, um problema comum que pode ser tratado com atividade física regular, abandono do sedentarismo e uma dieta saudável.
Refluxo – Outra doença que vem chamando atenção e levando cada vez mais pacientes ao consultório é o refluxo gastroesofágico (DRGE). Esta é uma condição prevalente no Brasil, afetando de 12% a 20% da população urbana. A DRGE tem implicações significativas na qualidade de vida dos pacientes e potencial para complicações graves.
Silvio Capparelli esclarece que a principal causa do refluxo gastroesofágico é a frouxidão da válvula esofágica inferior, que separa o esôfago do estômago. Isso permite o retorno do suco gástrico e, às vezes, do suco biliar, para o esôfago e até para a cavidade oral. Essa frouxidão muscular pode ocorrer em várias situações, incluindo obesidade e hérnia de hiato. Os sintomas típicos incluem azia, regurgitação e, em casos graves, dor torácica.
“Prevenir o refluxo envolve mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiam sintomas, comer devagar, evitar deitar-se logo após as refeições, e manter um peso saudável. É fundamental evitar a automedicação e buscar orientação médica para o uso correto de medicamentos. O uso prolongado e sem orientação de remédios pode mascarar sintomas graves, retardando o diagnóstico de condições sérias como esofagite, úlceras ou até câncer gástrico”, alerta o médico.
Os tratamentos disponíveis para pacientes com refluxo gastroesofágico crônico incluem medidas dietéticas e comportamentais, como evitar refeições pesadas antes de dormir, evitar álcool e cafeína, e adotar uma alimentação balanceada. Inibidores de bombas de prótons são comumente prescritos, e novas classes de medicamentos, como moduladores de canais de potássio, têm mostrado eficácia. Em casos mais graves, o tratamento cirúrgico ou técnicas endoscópicas podem ser considerados.
O Dr. Silvio destaca a importância de um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, enfatizando que um estilo de vida saudável é crucial para a gestão eficaz do refluxo gastroesofágico e para a prevenção de complicações.
Conscientização – Neste Dia Mundial da Saúde Digestiva, a mensagem é clara: a prevenção e a busca por orientação médica são essenciais para manter uma boa saúde digestiva. A Rede Mater Dei de Saúde incentiva todos a adotarem hábitos de vida mais saudáveis e a procurarem um médico ao menor sinal de problema. A saúde digestiva é fundamental para o bem-estar geral, e cuidar dela é um passo importante para uma vida mais saudável e plena.
Sobre a Rede Mater Dei de Saúde
Somos uma rede de saúde completa, com 44 anos de vida, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer.