Maio Roxo: unidos pela conscientização das doenças reumáticas!

Lúpus, Fibromialgia e Espondilite: saiba identificar os sinais e a importância do diagnóstico precoce.

Maio é o mês panamericano de conscientização das doenças reumáticas. Entre tantas, ganham destaque na reflexão Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), cujo dia mundial é celebrado em 10 de maio, bem como a Fibromialgia e a Espondilite Anquilosante, que têm alta capacidade de progressão para perda de mobilidade e desenvolvimento de deficiências se não diagnosticadas precocemente e tratadas de forma adequada.
Quem alerta é o reumatologista com mais de 50 anos de carreira, Dr. Carmo de Freitas. “Campanhas como o Maio Roxo são fundamentais para que as pessoas conheçam os sintomas, identifiquem as doenças de forma rápida e tenham a chance de viver com qualidade”, diz.

Lúpus: 150 mil novos casos surgem todos os anos no Brasil
Doença grave e muitas vezes silenciosa, o Lúpus atinge aproximadamente cinco milhões de pessoas em todo o planeta. No Brasil, mais de 150 mil novos casos surgem todos os anos, conforme informações da Lupus Foundation of America.

De difícil diagnóstico e sem causa específica, é uma doença inflamatória crônica autoimune – quando as células do sistema imune atacam o próprio corpo – que pode se apresentar de duas formas diferentes: cutâneo, caracterizado pelas manchas na pele, e sistêmico, que pode acometer diferentes órgãos.

Ocorre, principalmente, em mulheres. Os sintomas mais comuns são manchas na pele (principalmente em locais expostos ao sol), dores articulares, anemia, cansaço, desânimo, febre baixa e perda de apetite. A queda de cabelo é muito comum e indica que a doença está na sua fase ativa.

Fibromialgia: milhões de pessoas no mundo estão debilitadas por causa da doença
A fibromialgia se caracteriza por dor muscular e fadiga generalizada, além de outros sintomas como problemas de sono, dores de cabeça, rigidez matinal e sensibilidade em pontos específicos do corpo. Trata-se de uma condição crônica, ainda pouco compreendida e muitas vezes subdiagnosticada.

Os sintomas da fibromialgia podem variar em intensidade e duração. A dor pode ser descrita como uma sensação de queimação, formigamento, pontada ou pressão. Pode afetar várias partes do corpo, como pescoço, ombros, costas, braços, pernas e articulações. Além da dor, a fibromialgia pode causar fadiga extrema e problemas de sono, que podem levar a uma diminuição da qualidade de vida e afetar a capacidade do paciente para realizar atividades diárias. Muitos pacientes relatam ainda dificuldades de memória, concentração e problemas emocionais, como ansiedade e depressão.

Espondilite
A Espondilite Anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões.

Dores na coluna que surgem de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna, que diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercício e piora com repouso.

Alguns pacientes sentem-se globalmente doentes – sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia. A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda.

No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Um lado é geralmente mais doloroso do que o outro.

A importância de identificar tais sinais
Dr. Carmo de Freitas afirma que, apesar de não ter cura, é possível conviver com as doenças reumáticas e ter qualidade de vida. No entanto, para isso, é preciso se comprometer com o tratamento. “O paciente precisa aceitar a condição de que terá que tratar para o resto da vida. O que vemos são pessoas que demoram para identificar o problema e posteriormente não se comprometem adequadamente com o tratamento”, alerta o reumatologista, que já cuidou de mais de 45 mil pacientes reumáticos ao longo de sua trajetória na medicina.

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