“Se o conhecimento liberta. Então o primeiro passo é conhecer o que lhe aprisiona. Lógico.” –
Vivemos em meio a uma geração considerada a “geração da informação”. Hoje em dia todas as pessoas, do mais velho ao mais novo, estão marcados pela constante inundação de informações vindas com intensidade de diversas fontes.
Através dos computadores, tablets, dispositivos móveis, recebemos uma infinidade de informações sobre uma ampla gama de tópicos, muitas vezes de forma rápida e superficial. Essa abundância de dados pode ser tanto uma bênção quanto um desafio, pois nos oferece acesso a um vasto conhecimento, mas também pode sobrecarregar e dificultar a assimilação adequada das informações.
Todo mundo hoje em dia tende a se considerar especialista em diferentes assuntos, pelo simples fato de ter visto nas redes sociais informes generalizados.
Na sala de aula não é diferente. A escola foi inundada por “pequenas pessoas anúncios”. Esse termo eu atribuí aos pequenos indivíduos que se comportam como “slogans ambulantes”, utilizando frases prontas e de efeito para comunicar suas ideias, muitas vezes transformando essas declarações em verdades absolutas, sem nenhum embasamento ou estudo aprofundado.
Atitudes como essas tendem a simplificar questões complexas, recorrendo a afirmações persuasivas, sem aprofundamento sobre o estudos e conceitos reais e complexos. E assim como os anúncios comerciais, apenas chamam a atenção e influenciam, o que acaba gerando holofote, falta de profundidade e precisão das informações recebidas e transmitidas.
Tal modo de vida nos faz refletir sobre a sobrecarga de dados gerados de maneira rasa, fazendo com as pessoas fiquem cheias de informação e vazias de conhecimento.
O conhecimento liberta. Nosso dever enquanto guardiões da sabedoria e da arte de ensinar, é ajudar essa geração a dar um salto (talvez para trás) e repensar se tem sido válido andar sobre a superfície do saber. O grande desafio reside em filtrar e interpretar o que é relevante e confiável em meio ao dilúvio de dados que eles recebem diariamente.
É fundamental que os educadores incentivem essa geração a não apenas acumular informações superficiais, mas sim a buscar um entendimento mais profundo sobre questões relevantes para sua formação integral.
Ao provocar o desejo de aprofundamento, os educadores ajudam os alunos a transcenderem a superficialidade, transformando-os em indivíduos dotados de conhecimento significativo e pensamento crítico. Isso não só enriquece sua jornada acadêmica, mas os prepara para enfrentar os desafios do mundo real com uma base sólida de sabedoria e compreensão.