A crescente aplicação dos chamados “chips da beleza” tem gerado preocupação entre os especialistas em endocrinologia, obesidade e ginecologia. Não somente chips da beleza, mas hormônios com promessa de tratamento de menopausa, longevidade, aumento de massa muscular, libido e estilo de vida estão associados a esses implantes. Esses produtos não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso comercial e produção industrial por não haver pesquisa, estudo de riscos e por isso não há registros ou bulas, fundamental para prescrição médica com segurança e ética.
Sete entidades médicas enviaram um pedido público à ANVISA cobrando uma posição da agência a respeito do uso indiscriminado de implantes hormonais no Brasil, sem segurança e sem respaldo da ciência. Segundo a classe médica, os efeitos colaterais podem ser imprevisíveis e graves, com os riscos até de morte, ultrapassando qualquer possível benefício. Para as indicações que supostamente se prestam, há medicações e tratamentos recomendados, padronizados e estudados com eficácia e estimativa estatística de riscos.
O único implante registrado na ANVISA e estudado, com bula que descreve indicações, mecanismo de ação e riscos é o implante de etonogestrel de contracepção com nome comercial IMPLANON (sem concorrência, por isso citado com caráter informativo).
Assinam o pedido a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Fique atenta com sua saúde! Você não merece falácias! Não seja você a mulher que vai dar respostas, que a ciência ainda não sabe, sobre implantes não estudados.
Gde abraço!
Dra. Gisele Vissoci Marquini – CRM 34170 MG
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