“Junte memórias e não dinheiro”

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Na semana passada fui surpreendido com uma notícia que me deixou abalado, uma querida amiga de infância havia falecido, deixou marido e duas lindas filhas, uma jovem senhora de quarenta e poucos anos, toda aquela comoção do funeral, toda dor de perder alguém que era muito querida, com toda a história de vida daquela pessoa, familiares e amigos juntos ao lado daquele caixão nos lembra o quanto a vida é passageira e quanto todos nós somos seres frágeis.

Porém o que mais me chamou a atenção diante daquele cenário de dor e tristeza, foi o momento que encontrei com o marido, outro amigo de infância, diante de palavras que tentávamos dizer para consolar aquele coração que estava em pedaços, ele nos disse uma frase que sua esposa havia dito dias antes, aquela frase me marcou profundamente: “Nós temos que guardar memórias e não dinheiro”, uma frase que só poderia sair de uma boca que realmente entendeu o sentido da vida.

É chegado o final do ano, e nessa época do ano é normal fazer uma retrospectiva de tudo que passou, olhamos para as metas que foram projetadas, as estratégias definidas, entre outras coisas e observamos que na correria do dia a dia, o estressante trabalho com suas rotinas, os compromissos financeiros que foram cuidadosamente planejados não deram certo.

Vivemos em uma correria louca no dia a dia, parece que temos muitas coisas a serem resolvidas em apenas 24 horas e mesmo assim o tempo parece que não dá, por vezes até desejamos que as horas do dia pudesse ter algumas “horas extras” para fazer tudo que precisamos, e temos esquecido de viver a nossa vida, a nossa família, nossos amigos, o que de fato estamos ajuntando? Memórias ou dinheiro?

Não estou criticando aqueles que juntam dinheiro, devemos ter uma boa administração, buscar melhorias na vida e muito mais, o que quero chamar a atenção aqui é que temos dado realmente o valor necessário para as coisas mais simples da vida, aquilo que não tem preço e sim valor.

Por vezes, diante da correria do dia a dia adiamos as palavras de carinho, de gratidão, de apoio, se perde a oportunidade de estar com os filhos, cônjuge, familiares, amigos, pois se tem em mente que haverá outras oportunidades para demonstrar esses sentimentos, de ter novamente outros eventos e muito mais.

É preciso compreender que a vida é passageira e breve, é necessário eleger prioridade e mudar urgentemente as atitudes diante de pequenas brigas, ressentimentos, precisa valorizar cada momento transformando isso em espaço para harmonia e amor.

O tempo é um recurso precioso e não tem como dar marcha ré, então não pode se desperdiçar nenhum segundo, aproveite a cada momento, nunca deixe para amanhã o que se pode fazer ou falar hoje, saia um pouco das redes sociais e viva uma vida social, junte memorias boas e curta bem sua vida, viva cada momento com intensidade diante das pessoas que você ama.

A vida é bela, compreendendo a brevidade da vida, que você possa também viver de uma forma mais intensa e completa, sem arrependimentos, e ter deixado um legado de amor e afeto para aqueles que ficarão após a sua partida.

“Junte memórias e não dinheiro”

Um cheiro!!!

Beto Pinheiro

@betocpinheiro

Em memória da minha amiga K, e dedico ao querido JP.

5 thoughts on ““Junte memórias e não dinheiro”

  1. Márcia Cortes Rocha says:

    Nossa querida amiga k, juntou, memórias, amigos , amor, e deixou saudades, respeito e a certeza que a vida é um presente do criador e presentes devem ser aproveitados ao máximo .

  2. Claudilene Rocha e Silva says:

    Verdades maravilhosas nesse texto. As memórias são a nossa história e ninguém as tira de nós. Lindas e verdadeiras palavras sobre essa mulher que ainda é exemplo de amor e fé.

  3. Cárima Camargo says:

    Conheci a Karine a menos de dois anos. Ela me acolheu em um momento de recomeço com amor, respeito e entusiasmo. Não consigo colocar em palavras o quanto aprendi com ela nesses ultimos meses. Sempre disposta, com um sorriso escancarado no rosto. Sentirei saudade. Uma saudade imensa. Karine enxergava a vida de uma janela diferenciada. Tinha uma sede insaciável de viver e cuidar dos seus. Tá aí, talvez seja isso ué eu tivesse que aprender.

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