Que tanto de loucura temos nos transtornos mentais?

Há pouco tempo no “The Punch Podcast”, o Tiago Paladino me perguntou se os profissionais PSI têm um pouco de loucura, o inusitado da questão me permitiu abordar de maneira divertida um pouco da minha história pessoal com a saúde mental.
Diante de um enfrentamento existencial adaptativo onde, muito jovem, estava me esforçando para conseguir fazer a faculdade de medicina, ficar em uma terra “estrangeira”, me relacionar com muitas e diferentes pessoas provocou em mim um aumento da ansiedade, o suficiente para ameaçar o sucesso da minha empreitada. Ao perceber isto, busquei ajuda da psicoterapia e tive sucesso.

Melhor explicada esta fase, gostaria de refletir mais sobre a *loucura.

Loucura é originária do latim e significa furor ou ação insana. Vem do verbo “loqui”, que significa “falar”, e está associada à ideia de falar incoerentemente ou fora de si. Ao longo do tempo, o termo passou a ser utilizado para descrever comportamentos ou estados mentais considerados anormais ou desviantes da norma social.

Os transtornos mentais são condições de saúde que afetam o emocional, o cognitivo e o comportamental das pessoas. Afetam a forma como as pessoas pensam, sentem e comportam. Podem ser diagnosticados e tratados pelos psiquiatras.

Mas, independente do uso corrente do termo loucura, ele é um termo impreciso, estigmatizante e não representa adequadamente as experiências das pessoas que vivenciam os transtornos mentais. Transtorno mental não é sinônimo de loucura.

As pessoas com transtornos mentais merecem compreensão e apoio. É importante combater o estigma e a discriminação em relação à saúde mental, promovendo informação correta e conscientização, para alcançarmos vidas plenas e significativas.

Créditos: Alfredo Demétrio – Psiquiatra e psicoterapeuta
CRM 25646 MG – RQE 19146 – RQE 19385

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