Espetáculo acontece no Teatro Municipal de Uberlândia e é protagonizado por três cultuadas cantoras artistas: Lucinha Lins, Tânia Alves e Virgínia Rosa
Em 2005, quando o Sesc Pinheiros, em São Paulo, montou mostra em homenagem aos 60 anos de Chico Buarque, o diretor Fernando Cardoso esboçou as primeiras ideias para o que se tornaria o espetáculo cênico “Palavra de mulher”, cuja estreia foi em 2008 e desde então prossegue em temporadas na capital paulistana e em apresentações pelo Brasil afora.
Lucinha Lins é atriz e cantora. Mas, começou sua trajetória como cantora. Na adolescência, formou o Movimento Artístico Universitário com um grupo de amigos apaixonados por música. Foi quando conheceu o cantor e músico Ivan Lins, com quem foi casada entre 1972 e 1982. Da união, nasceu o primeiro filho, o também ator e cantor Cláudio Lins. Nos anos 1970, foi backing vocal dos primeiros álbuns de Ivan Lins. Começou também a fazer campanhas publicitárias para a televisão, o que lhe rendeu os primeiros convites para trabalhos como atriz. Ao longo dos anos 1980, ela também lançou discos solo, concomitante a trabalhos em novelas, séries, filmes e espetáculos, principalmente musicais.
Tânia Alves também é atriz e cantora. Carioca da gema, Tania Alves nasceu e cresceu em Copacabana. Estudou acordeão e, com o pai, aprendeu a tocar violão e cantar boleros. Com 50 anos de carreira, ela viveu experiências incríveis, em nível pessoal e profissional, destacando o papel título na minissérie Lampião e Maria Bonita e no filme Parahyba Mulher Macho, de Tizuka Yamasaki. O trabalho no longa-metragem lhe deu reconhecimento internacional com o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana. Na década de 1970 e Tânia participava do Grupo Chegança, do pernambucano Luiz Mendonça, que adaptava a literatura de cordel para os musicais, companhia que virou uma casa de acolhida para vários artistas da música que procuravam por oportunidades de trabalho no Rio de Janeiro, como Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Vital Farias, Pedro Osmar e Cátia de França e quando se ela e Elba Ramalho se tornaram amigas e conhecidas para todo o Brasil. O musical permitiu a Tânia conhecer o Brasil profundo e transicionar da cantora lírica para a cantora popular.
Virgínia Rosa surgiu nos palcos nos anos de 1980, quando começou a cantar como vocalista da banda Isca de Polícia, de Itamar Assumpção. Influenciada pelos pais – a mãe cantarolava Elizeth Cardozo em casa e o pai tocava sopro – tornou-se vocalista do grupo Mexe com Tudo, com o qual trabalhou por sete anos e excursionou para França e outros países da Europa. No início da década de 1990, ela partiu para a carreira solo fazendo diversos shows. Seu primeiro CD, Batuque (1997) – com canções de Itamar Assumpção, Luiz Gonzaga, Lenine e Chico Science – lhe valeu a indicação de cantora revelação no Prêmio Sharp. Depois vieram mais quatro discos, aclamados pelo público e aplaudidos pela crítica. E, quando não estava só, esteve sempre muito bem acompanhada. Apresentou-se com a Jazz Sinfônica, de São Paulo, e com a Orquestra da Paraíba. Cantou com Marcos Sacramento, Ney Matogrosso, Ná Ozzetti, Lucinha Lins, Célia, Fernanda Porto, Fabiana Cozza, Lenine, Chico César, Zeca Baleiro, sempre acompanhada por músicos excepcionais.
Ao lado dos músicos João de Paula, Carlos Montagner e Robertinho Carvalho, as três atrizes cantoras apresentam o Palavra de Mulher em Uberlândia, daqui a nove dias, em 12 de outubro, no Teatro Municipal.
A apresentação faz parte da programação Uberlândia na Rota da Cultura, conduzida por Carlos Guimarães e Maíra Pelizer, que recentemente levaram o suspense Misery, com Mel Lisboa e Marcello Airoldi e a comédia O Que Faremos Com Walter, com Elias Andreato, Grace Gianoukas e elenco. Além do Palavra de Mulher, neste ano ainda eles trazem a comédia Baixa Terapia, com Antônio Fagundes e elenco e um show-palestrar com o maestro e pianista João Carlos Martins.
SERVIÇO:
Palavra de Mulher
12/10, quinta 20h45
Teatro Municipal
Classificação: 12 anos
Duração: 95 minutos
Ingressos: Os ingressos estão disponíveis no site megabilheteria https://www.megabilheteria.com/evento?id=20230711105634 e na loja Inclusive Brechó, na avenida Cesário Alvim, 396.
Mais informações: 9 9866-1727.
Ficha técnica
Concepção, Roteiro e Direção Geral: Fernando Cardoso | Arranjos e Direção Musical Ogair Júnior | Músicos: João Gonçalves de Paula (piano e acordeom), Robertinho Carvalho (contrabaixo), Ramon Montagner (bateria e percussão) | Figurinos: Claudio Tovar e Elenco | Direção de Movimento: Alex Neoral | Cenografia: Fernando Cardoso | Iluminação: Wagner Freire | Fotografia: Ricardo Pimentel e João Caldas | Programação Visual: Rodolfo Rezende / Estúdio Tostex | Técnico de Som: Kiko Carbone | Técnico de Luz: Ian Bessa | Cenotécnico: Agilson dos Santos (Tico) Camareira: Gisele Pereira | Produção Executiva: Elisângela Monteiro | Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro | Realização: Mesa 2 Produções | Produção Local: Carlos Guimarães e Maíra Pelizer | Assessoria de imprensa local: Cristiane Guimarães.