A vida é uma grande escola.
Muitos podem até pensar que é dentro da instituição formal escola que se dá os maiores processos de ensino-aprendizagem. Isso não é uma inverdade, pois a escola é uma amostra da vida, da sociedade e um espaço de aprendizagem intencional.
Também é nesse ambiente em que crianças, adolescentes e jovens passam a maior parte do seu dia e vivem quase que cotidianamente situações conflituosas, desafiadoras e de muito, mas muito aprendizado.
Porém, esses ensinamentos da vida não estão só na escola, eles ultrapassam as paredes desse ambiente. Todas as situações que os jovens vivenciam dentro da escola são levadas para a vida e vice-versa, por isso família, sociedade e escola devem sempre dialogar.
Tudo que acontece em casa respinga no planejamento da escola.
Tudo que acontece na escola aparece no cardápio da mesa de jantar da família.
A grande pergunta é essa: o que fazer com isso?
Na semana que passou a escola se viu refém do medo. Dia 20 de abril estava marcado no calendário para ser um dia de massacre. Famílias e instituições de ensino viveram momentos desafiadores. Diante da promessa (fake ou não) de um possível ataque às escolas, o medo se instaurou. Diretores, professores, familiares e estudantes vivenciaram dias de bastante ansiedade. O assunto ficou em pauta na sala de aula, na sala dos professores e na sala de estar das famílias.
Na escola crianças queriam dialogar sobre o assunto e em casa famílias se dividiram em suas atitudes ora de apoiar, ora de acusar a escola por causa do seu sentimento de insegurança.
O dia 20 passou, não tivemos relatos de nada que tivesse acontecido nesse dia. Mas agora, o que fazer diante dessa situação? Minha orientação é que todos façamos dessa experiência, um momento para refletir e aprender.
É tempo da família rever conceitos e avaliar como anda o tempo de qualidade com seus filhos. De acordo com relatos do sistema de inteligência da polícia, todo terror espalhado não passou de fakenews e oportunismo. E o pior, é que os possíveis agentes de disseminação do terror podem ter sido adolescentes, que utilizaram as redes sociais para espalhar o medo.
Será que podemos pensar que essa geração está adoecida?
Ao saber dessas informações, fico pensando o quão pouco os pais conhecem os filhos. O que eles acessam, o que eles compartilham e até mesmo, o que eles pensam. Fiquei surpresa ao saber da boca de uma adolescente que a maioria deles possui dois perfis nas redes sociais. Ela relatou: “Tenho duas contas, uma para a família seguir e outro oculto que os adultos nem sonham que existe, e é nesse perfil que a gente mostra quem a gente realmente é”. Que triste ouvir isso!
Meu convite é para que as famílias assumam as rédeas da educação dos seus filhos, que passem utilizar do controle parental para ensinar e se conectar. Que a sociedade aprenda com esse acontecido e revise as políticas públicas e que as escolas reflitam sobre seu papel social, a fim de repensar seu currículo e ações.
Assim, com cada um desempenhando bem seu papel faremos desse momento um momento ensinável, em que todos sairão ganhando.
Uma semana de amor, paz e conexão para todos!