Os alimentos ultraprocessados, como o próprio nome diz, passam por um grande processamento industrial. Ou seja, são formulações industriais feitas, geralmente, com partes de alimentos e neste alimentos adicionam açúcares, conservantes e corantes artificiais. O resultado passa longe do que chamamos de comida de verdade, que é o alimento natural: os legumes, as carnes, as sementes, as frutas etc.
Refrigerantes, salgadinhos e chocolates são considerados alimentos ultraprocessados. Alimentos ultraprocessados são muito conhecidos por serem atraentes, práticos e de baixo custo.
Foto:Appai.org
Mas e qual é o problema de consumir ultraprocessados? Já adianto que não é apenas um. Eles estão associados a diversos problemas de saúde como diabetes, obesidade, pressão alta, depressão e até Alzheimer.
Em agosto de 2022, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) comprovou: o consumo de ultraprocessados está relacionado com o declínio cognitivo. A pesquisa ainda concluiu que o problema é ainda maior em quem consome mais de 20% das calorias diárias em ultraprocessados.
Agora, um novo estudo, publicado em fevereiro deste ano concluiu que “Um maior percentual de consumo diário de energia de alimentos ultraprocessados foi associado ao declínio cognitivo entre adultos de uma amostra etnicamente diversa. Esses achados apoiam as recomendações atuais de saúde pública para limitar o consumo de alimentos ultraprocessados devido ao seu potencial dano à função cognitiva.”
Agora, fica uma pergunta: quantos mais estudos serão necessários até que todos compreendam o perigo do consumo excessivo de ultraprocessados?
Pense nisso na hora de fazer suas escolhas alimentares. Sei que o consumo de ultraprocessados é tentador. Fácil, acessível, prático e delicioso (já que eles usam substâncias para “viciar” o seu paladar). Mas será que vale a pena?
Maria Angélica Tillmann
Nutricionista CRN/MG8696
Centro Clínico UMC