Hormônios femininos

Entenda as fases hormonais de uma mulher

Temos fases marcantes, que precisam de uma atenção especial”

 

A vida da mulher é marcada por fases que precisam de um acompanhamento profissional que auxiliem na melhora da qualidade de vida. O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 08 de março, tem como objetivo celebrar as muitas conquistas femininas e alertar quanto aos cuidados com a saúde em cada uma dessas fases. O desafio é grande, já que a mulher contemporânea, com sua rotina de multitarefas, tenta conciliar vida profissional, acadêmica e familiar.

Dra. Yara Caldato explica que primeiramente é preciso entender a importância dos hormônios para a saúde feminina. “Eles atuam de diversas maneiras, principalmente como influenciadores das emoções, das mudanças corporais e de comportamento. Conforme os anos vão passando, esses hormônios se alteram, modificando o metabolismo da mulher, além de provocar outras mudanças corporais e no modo de agir”.

A especialista informa que os principais hormônios femininos são o estrogênio e a progesterona, e que o excesso e a deficiência de cada um deles podem influenciar diretamente na saúde da mulher. “O estrogênio, que é o principal hormônio feminino, promove o desenvolvimento das características sexuais da mulher. Sua deficiência pode causar osteoporose, suores noturnos, esquecimento, insônia e infertilidade, e o seu excesso causa dor de cabeça, náusea, vômitos e risco de trombose. No caso da progesterona, como ela está diretamente ligada ao ciclo menstrual, em casos de deficiência, pode causar irregularidades e infertilidade. Já em casos de excesso, sintomas envolvendo sonolência, acne, humor depressivo, fadiga, dores articulares e constipação podem ser identificados. Por isso, a importância de manter um equilíbrio hormonal”.

Segundo Yara, as principais fases hormonais da mulher são: puberdade, menarca, menacme, climatério e menopausa. “São fases marcantes e que precisam de uma atenção especial, pois em cada uma delas ocorrem alterações hormonais que vão influenciar diretamente na qualidade de vida dessa mulher. Na puberdade, quando ela inicia a adolescência, teremos a menarca, que é a primeira menstruação, onde vão ser produzidos alguns hormônios que vão estimular com que o ovário gere estrogênio e progesterona. Esses, por sua vez, vão ser responsáveis pelo surgimento dos pelos pubianos, broto mamário e outras mudanças corporais. Após a menstruação temos a menacme, que é o período fértil, onde teremos ciclos menstruais ovulatórios e hormônios em alta. Daí a presença de alterações de humor, no corpo e da famosa TPM”, ressalta.

A ginecologista destaca que no climatério e na menopausa a atenção deve ser redobrada. “É o momento que devemos trazer a paciente para mais perto de nós, porque há uma diminuição da produção hormonal. Isso acontece por volta dos 40 anos. Então ela vai ter uma variação do fluxo menstrual, começa a ficar irregular. Essa paciente vai apresentar alterações de humor, na pele, no cabelo, fogachos (que são aqueles calores), e diminuição da libido. Nesse caso, indicamos uma boa reposição hormonal para melhorar a qualidade de vida dessa mulher, e claro, associado a isso indicamos a prática de atividades físicas e uma boa alimentação”, alerta.

Yara esclarece que a última fase, a menopausa, é estabelecida quando a paciente tem o ciclo menstrual suspenso por 12 meses. “Ela ocorre por volta dos 50 anos. Nesse ponto, a paciente já passou um ano sem menstruar. Os sintomas são muito parecidos com o climatério, só que temos a presença de um quadro melancólico mais acentuado. Tudo isso precisa ser avaliado porque nessa fase os níveis hormonais estão bem baixos e nós, como profissionais da saúde, precisamos dar qualidade de vida para ela, até porque nossa expectativa de vida hoje é muito alta. Ou seja, a mulher passa muito tempo da sua vida na menopausa”.

 

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