A Estação Primeira de Mangueira, última escola a se apresentar no domingo (19) na Marquês de Sapucaí, se orgulha da rainha de bateria que tem. Há 10 anos à frente da Surdo Um, Evelyn Bastos tem a felicidade de ser uma rainha nascida e criada na comunidade e liderar a escola de samba mirim Mangueira do Amanhã. Durante sua trajetória, mostra a importância de ser uma pessoa politizada e representativa para outras mulheres pretas e faveladas.
Evelyn conversou com jornalistas sobre a função social de rainha de bateria e a ampliação de mulheres da comunidade no cargo.
“Eu estou indo para o meu décimo ano em 2023 e até hoje eu não consigo definir o que é ser rainha da Mangueira. Com certeza, para mim é uma dinastia, é o lugar que já foi da minha mãe, o lugar que já foi majoritariamente de mulheres da comunidade. E para mim é uma representação da identidade das mulheres do Morro da Mangueira. Eu acho que ser nascida e criada no Morro da Mangueira tem um peso muito especial para estar à frente da bateria porque eu vejo nos olhares de mulheres oriundas da favela ali do morro o quanto elas se sentem representadas. Eu acho que por isso é tão primordial para mim falar sobre elas, ser por elas”.