As empresas que estiverem em busca do público que joga, devem estar atentas à questão geracional para direcionar os seus investimentos de publicidade digital e ações personalizadas nos jogos.
O setor de jogos eletrônicos vem ganhando espaço entre consumidores do mundo todo, e o fator principal é a popularização dos aparelhos celulares na vida das pessoas de diversas gerações. Atualmente, é difícil identificar pessoas que não possuam presença online em aplicativos. O consumo de aplicativos para celulares vem influenciando a sociedade, indo desde os hábitos de consumo até o momento de lazer, no qual observamos um aumento vertiginoso da prática de games para celulares.
Segundo a primeira Pesquisa Nacional da Indústria de Games, realizada pela Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), o Brasil saltou de 375 estúdios com desenvolvimento de jogos para 1009 empresas nos últimos anos. Já um outro relatório realizado por Brazil Games, ApexBrazil e Abragames, aponta que o mercado de mobile games movimentou US$2,3 bilhões no ano passado.
Tendo um cenário sólido de consolidação do mercado de games no país, é importante entendermos quais são os perfis geracionais que estão atrelados ao consumo dos jogadores. As empresas que estiverem em busca do público que joga, devem estar atentas à questão geracional para direcionar os seus investimentos de publicidade digital e ações personalizadas nos jogos.
De acordo com o levantamento da Newzoo, plataforma de dados sobre o setor de games, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) dedica 25% do seu tempo livre à prática de jogos, enquanto a geração de Baby Boomers (1945 e 1964) dedica 10% e, destes, cerca de 92% jogam para relaxar. Outro dado interessante é que 67% da geração Millenials (1981 a 1995) assiste a outros conteúdos atrelados aos jogos, número superior ao da geração X (1965 a 1981), que corresponde a 51%.
Como era de se esperar, as gerações Z e a dos Millennials são as que passam o maior tempo de lazer jogando algum tipo de jogo, em detrimento a outras opções de entretenimento. O celular continua sendo unanimidade em todas as gerações ao ser o mais utilizado para jogar. Ainda, 40% da geração Z e 37% dos Millennials afirmam estar engajados com jogos ao falar sobre o assunto em comunidades online, sites, blogs e até ouvindo podcasts.
Com isso, observamos que os perfis geracionais mais novos e avançados estão em evidência. Logo, não vincular marcas que buscam este público em publicidade de games mobile, pode ser um grande erro de planejamento estratégico. A audiência das gerações Z e Millenials estão nos games e não necessariamente aproveita o tempo livre nos meios de comunicação mais comuns como a televisão.
Além do aspecto geracional para atuar em diferentes campos do mercado de mobile games, também é importante traçar as estratégias que não apenas marquem presença no meio, mas ampliem a conversa com o público-alvo, visando maior assertividade no alcance. É necessário gerar interesse de pesquisa sobre a marca ou o produto da ação.
É como dizemos dentro do marketing: quem não é visto, não é lembrado. Por isso, nunca foi tão importante para as marcas estarem atentas à construção de estratégias de campanha que contemplem os mobile games e estejam personalizadas para a conversa com diferentes gerações nesse espaço. As pessoas só se engajam quando se identificam com a mensagem que recebem. Assim, empresas que desejam oferecer seus produtos e serviços para diferentes perfis de consumidores, precisam se adequar aos novos espaços onde essas pessoas estão e, também, aprender a falar com eles.
Por Leila Guimarães Redação RPMA Comunicação