Queda da própria altura: ortopedista explica como problema pode prejudicar vida de idosos

André Cipriano @ Divulgação/ MF Press Global

Você com certeza já sofreu ou conhece alguém que sofreu uma queda da própria altura (QPA). Esse acidente é aquele em que a vítima cai no próprio nível em que se encontra, ou seja, a situação “tropeçou e caiu”. O incidente ocorre principalmente em idosos e as lesões podem ser graves e oferecem riscos de morte.

De acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB) é estimado que, anualmente, 50% da população com mais de 65 anos sofre com quedas e, 70% destas ocorrem dentro de casa.

Segundo o cirurgião ortopedista André Cipriano, a queda da própria altura é presente no dia a dia do ortopedista que atende em pronto socorro e em hospitais de urgência ortopédica.

“Quando se trata de idoso, a QPA compromete e prejudica todo o restante da vida do paciente. Alguns estudos mostram que quando um paciente tem uma fratura do fêmur após setenta, oitenta anos, ele encurta muito a sua expectativa de vida. Isso acontece tanto pela lesão específica da fratura, como por outras comorbidades prévias que tendem a piorar”, explicou.

Segundo o médico, entre os prejuízos estão: o isolamento do paciente, isso porque ele deixa de caminhar, então ele passa a ser uma pessoa mais isolada, com um maior isolamento social.

“Também temos a dificuldade de se alimentar, de beber água, a dificuldade de realizar aquelas atividades habituais que ele tanto amava. Então, a queda da própria altura tem que ser prevenida pela família com alguns cuidados como as modificações na casa para evitar que o idoso tropece, os calçados mais baixos e com melhor aderência”, finalizou.

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