Disputas intensas, discussões extensas, opiniões distintas, ânimos exaltados: estes são alguns dos resultados do processo eleitoral vivido neste último mês de outubro.
Sabemos que a disputa do segundo turno presidencial no Brasil realizada no dia 30 de outubro foi extremamente intensa, uma das mais complicadas e desgastante da história do Brasil.
O tema, propostas, partidos foram analisados minuciosamente pelos eleitores e unido a isso, muitas pessoas de diversas áreas da sociedade se posicionaram a fim de defender seus propósitos e ideais fazendo campanhas para defender seu partido e candidato escolhido.
Para quem se informa e busca fazer parte ativamente da democracia, o período eleitoral costuma ser recheado de muita ansiedade e estresse.
Assim sendo, o comportamento de quem se torna “vitorioso” ou de quem é “derrotado” influencia não apenas no futuro do nosso país, mas também nas relações comportamentais e pessoais de toda a sociedade.
Para o lado vitorioso, o uso de ferramentas como o sarcasmo e/ou a humilhação é comum. Muitas vezes o fato da comemoração e a maneira como ela é exteriorizada (festas, carreatas e o uso das mídias sociais) gera muitas reações de raiva, angustia e tristezas no opositor, ou seja, o lado derrotado. Caberia falar sobre a violência política, mas este é um assunto para outro artigo.
Muitos relacionamentos sofrem impactos com toda a polarização política, acarretando discussões entre famílias, amigos e colegas de trabalho. Quando se tem opiniões muito diferentes, talvez seja o caso de reconhecer que determinados temas nem devem ser discutidos.
Tais emoções costumam geralmente ser “descontadas” em pessoas mais próximas e podem levar o indivíduo a ter comportamentos agressivos e compulsivos, como por exemplo, sentimento de vingança, a busca de drogas como o álcool, excesso de trabalho ou isolamento. Enfim, são muitas as possíveis consequências.
Deve-se ter muita atenção a estes comportamentos para que não se transformem em algo crônico. A melhor forma de lidar é prestar atenção no seu próprio corpo, se afastar das redes sociais e se conectar com atividades e temas que te dão prazer e os quais tem mais controle e domínio.
Por outro lado, existe muitos comportamentos positivos por de trás de todo este processo. O indivíduo estimula sua atenção e criatividade que ficam mais rápidas, sua capacidade de mudança e adaptação expande, a alegria e entusiasmo de pertencer a um grupo, estimula a boa comunicação entre outros.
Em suma, percebe-se que a existência deste processo é algo saudável e fundamental não apenas para a democracia, mas também para o equilíbrio da sociedade e da nossa saúde mental.
Nem todas as disputas levamos o prêmio, mas em todas elas nos enchemos de conhecimento advindas das experiências.
Independente de qual grupo você pertenceu nestes últimos dias, se foi do lado “A” ou “B”, apesar da carga emocional e de todos os aspectos que abrangem este momento político, saiba que aprender com nossas emoções é uma tarefa de evolução humana e a vida é sinônimo de intensidade. Vamos vivê-la!
Adiante! Parabéns a democracia!