Nutricionista afirma que é hora do consumidor evitar alimentos processados e buscar frutas e legumes da época
A inflação bateu recorde no mês de março, sendo puxada pela alta nos alimentos, inclusive aqueles mais comuns na mesa dos brasileiros. Segundo o Centro de Estudos, Pesquisa e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/Ufu), o preço médio da cesta básica de alimentos aumentou em 1,91% de janeiro a fevereiro, passando de R$ 617,05 para R$ 628,85. Valor que compromete 51,88% do salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.212,00.
A alta deve-se à elevação do preço do grupo de alimentação e bebidas (1,94%), com destaque para tubérculos, raízes e legumes, que tiveram crescimento de 24,85%.
Para amenizar o impacto do aumento no bolso do consumidor, o nutricionista do Sistema Hapvida, Igor Oliveira, sugere algumas dicas que podem ser adotadas na hora de fazer as compras e optar por fazer boas escolhas, a fim de uma alimentação equilibrada.
“É muito comum as pessoas acabarem optando por alimentos industrializados, porém, o cuidado no consumo excessivo deste tipo de alimento é muito importante, principalmente se você já tem algum problema de saúde, como uma doença metabólica (diabetes, hipertensão)”, alerta o nutricionista.
A cenoura, por exemplo, acumulou alta de 166%, nos últimos 12 meses, ou seja, se o consumidor que era acostumado a pagar em torno de R$ 5 o quilo, agora, tem que dispor de R$ 13,30 para a mesma quantidade.
“Podemos trocar esses vegetais, que tiveram um aumento no período, por outros da época. Por exemplo, o pepino, o chuchu, a berinjela e a abobrinha são ótimas opções para uma variedade de nutrientes e um valor um pouco mais acessível, ajudando no orçamento familiar”, indica o nutricionista do Hapvida.
O especialista alerta ainda que açúcares, corantes e conservantes devem ter seu consumo observado à rigor. “Sempre que possível, eles devem ser substituídos por opções naturais”, ressalta.