A alopecia que é o termo mais utilizado no meio médico para calvície, é um problema que incomoda muita gente desde a antiguidade. Hipócrates que é considerado o pai da medicina, é também precursor nos tratamentos para prevenir a calvície.
No passado, a calvície era considerada algo repulsivo e sinal de fraqueza, já uma cabeleira volumosa e cheia de cachos era sinal de poder, força e virilidade, daí o hábito antigo dos homens poderosos e da aristocracia, usarem vultosas perucas o que não era permitido aos cidadãos comuns.
Ainda nos dias atuais, longe do que acontecia no passado, a calvície é algo que mexe com a autoestima de muitas pessoas. Felizmente, a medicina evoluiu muito e desenvolveu vários tratamentos para resolver esse problema.
A calvície pode ser causada por uma série de fatores como estresse, fumo, má alimentação, utilização excessiva de medicamentos, entre outros. As principais causas são as disfunções hormonais do organismo. Muito mais diagnosticada em homens do que em mulheres, pois o hormônio responsável pela queda de cabelo está relacionado à testosterona. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade da população masculina do mundo inteiro sofrerá em algum momento de suas vidas com a calvície. Muito além da estética, o cabelo faz parte da personalidade e impacta diretamente na autoestima da pessoa.
O método mais eficaz que existe atualmente para corrigir a calvície é o transplante capilar. Esse procedimento retira os cabelos da própria pessoa, das áreas onde tem cabelo e os implanta na área que precisa ser recuperada. E isso é feito fio a fio; um por um. Esse método de transplante capilar é conhecido como FUE, do termo em inglês “Follicular Unit Extraction” que significa que cada Unidade Folicular é retirada da área doadora, do próprio paciente, uma a uma, e, transplantada na área receptora, também uma a uma. É um procedimento que reúne técnica, habilidade e até mesmo um toque de arte, para produzir o resultado mais natural possível.
Dependendo do caso, são transplantados de 3,5 a 9 mil unidades foliculares em cada cirurgia. O procedimento demora de 8 a 12 horas. É um procedimento minimamente invasivo, não deixa cicatrizes lineares e não requer internação do paciente. A recuperação demora de uma a duas semanas. Não existem contraindicações. Usa-se anestesia local. O paciente fica acordado e conversando. É praticamente indolor, a não ser pelas picadas de agulha da anestesia.
É importante considerar que cada caso é único. Cada paciente reage de forma diferente. Da mesma forma que a queda é diferente em cada pessoa, tanto em tipo quanto em velocidade.
Não existe idade, nem momento ideal para a realização do transplante capilar. Na verdade, quanto antes se começa o tratamento, melhor será o resultado. Tem que ser entendido que calvície é uma deficiência capilar e vai ser necessário cuidar disso sempre. Não se pode imaginar que fazendo somente o transplante capilar o problema vai estar resolvido pro resto da vida. O transplante vai resolver a calvície existente, mas será necessário fazer uso de outras terapias à base de cremes, shampoos e vitaminas, para assegurar a eficácia da cirurgia, bem como evitar que a queda de cabelos avance. É um processo contínuo de cuidados que acaba se tornando um hábito no dia a dia. Da mesma forma que se cuida dos dentes e da higiene pessoal.
Até pouco tempo os brasileiros tinham que enfrentar uma viagem incômoda até a Turquia para fazer esse transplante. Hoje essa técnica está plenamente dominada e está disponível aqui no Brasil com inúmeras vantagens pois o resultado da cirurgia é demorado. A partir do primeiro mês já se nota uma evolução, mas o resultado definitivo só se consegue em 12 meses. Por isso, o acompanhamento médico pós-cirúrgico é importantíssimo para garantir a eficácia da cirurgia. Imagine como seria esse acompanhamento com a clínica e o médico lá na Turquia.
Sem dúvida, o transplante capilar pelo método FUE é a melhor solução que existe atualmente no mundo para corrigir problemas de calvície. Esse procedimento revolucionou as terapias capilares, passando a ser verdadeiro objeto de desejo.