A professora de piano que, graças ao próprio esforço, conquistou o cargo de Secretária de Cultura da cidade
Tendo desenvolvido o interesse pela arte desde cedo, a Secretária de Cultura da cidade de Uberlândia – MG, Mônica Debs, 65 anos, mãe de três filhos e avó de três netas, aos 7 anos começou a fazer aulas de piano e desde então, tem se dedicado a levar para as pessoas o acesso à cultura e a importância dessa áreas para a cidade. “As artes são, em todo o universo, o único instrumento de alma”.
Mônica, que atuou profissionalmente como professora de oito matérias e já ocupou os cargos de vice-diretora e diretora do Conservatório do Estadual de Música Cora Pavan Capparelli, diz que o seu maior desafio na área profissional foi assumir cargo atual, mas que sua bagagem de conhecimentos lhe ajudou de forma que pudesse ler melhor o outro e a cumprir as suas obrigações de gerenciamento, em especial, a conclusão da obra do Teatro Municipal de Uberlândia e a transformação do antigo Fórum da Comarca no novo Centro Municipal de Cultura.
Acreditando que o ser humano não pode ser feliz apenas com comida, dinheiro e obrigações, Mônica garante que o acesso à cultura é algo fundamental. Segundo a mesma, o essencial seria existir cerca de dez espaços espalhados pela cidade, que fossem destinados às práticas culturais, não apenas como lazer, mas sim como instrumento de criatividade e capacitador de novas profissões, o que traria novas oportunidades e horizontes para as pessoas.
Para ela, ser mulher vai além de enfrentar desafios. “Toda mulher é dotada de uma perspicácia e de uma sensibilidade mais aguçada, além disso, nós também somos muito multi, multi pensamentos e multitarefas, possuímos maior persistência e maior força de vontade. Conseguimos ter essas várias facetas com uma naturalidade e sem sofrer. Não nos vejo, em momento algum como um ser inferior a um homem… Mulher não anda atrás de ninguém. No mundo em que vivemos, poucas estão ao lado, a maioria está à frente, não existe limites! Agora, isso tem um preço, mas a nossa e a nova geração estão dispostas a pagar esse preço com o excesso de atribuições de responsabilidade que nos é depositado.”
Apaixonada pela Revista, Mônica se diz surpresa e extremamente grata pela indicação, mas principalmente por ser uma das escolhidas em meio a tantas mulheres maravilhosas. “Todas as pessoas que ali estavam, eram pessoas com uma bagagem de vida e um fazer de transformação de seus mundos. Tive um orgulho muito grande e só tenho a agradecer pelo carinho, pelo respeito, pela forma de tratamento de toda a equipe.”