Empreendedorismo: A data celebrada em novembro é comemorada em mais de 140 países
O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino foi instituído em 2014 como fruto de uma parceria entre a Organização das Nações Unidas (ONU), a Semana Global do Empreendedorismo e o Departamento de Estado norte-americano. O dia 19 de novembro foi escolhido para comemorar a data que tem como propósito fundamental evidenciar o papel da mulher no campo empresarial, a comemoração acontece simultaneamente em 144 países.
Considero este dia mais que uma data comemorativa, é um movimento que vem ganhando cada vez mais força para incentivar mulheres a iniciarem no mundo dos negócios, quebrando paradigmas, ampliando suas vozes e assumindo um posicionamento no mercado se mostrando seguras de suas habilidades e potenciais.
Uma mulher empreendedora não só contribui com o desenvolvimento econômico do país, ela se torna inspiração para tantas outras mulheres, pois empreender no universo feminino supera o significado da palavra, torna-se um instrumento de transformação social.
Atualmente o país conta com 9,3 milhões de mulheres à frente de uma empresa, o que equivale à 34% do mercado em geral. E durante a pandemia esse número cresceu, é o que revela uma pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.
Os dados mostram que 71% das mulheres usaram as economias para inovar nos negócios, em contrapartida somente 63% dos homens investiram neste sentido. Os dados demonstram o quanto os negócios liderados por mulheres foram mais resilientes devido às competências femininas diante do enfrentamento de uma crise.
Apesar dos dados serem satisfatórios, ainda temos um campo grande à ser conquistado, empreender não é complicado, mas é necessário estímulos externos para não padecerem diante de dificuldades culturais e/ou sexistas enfrentado pelas mulheres ao longo dos anos.
Ao tratar de empreendedorismo feminino, não estou me remetendo somente à mulheres executivas que ocupam altos cargos em grandes empresas, mas também de mulheres ousadas, que são chefes de família detendo a principal renda dos seus lares, mulheres que abriram seu pequeno negócio e precisam inovar.
Para isso, é de extrema importância ações que viabilizem o empreendedorismo feminino através dos programas de incentivo, tais como: facilitação de linhas de crédito e garantias, apoio assistencial de educação financeira garantindo a capacitação dessas lideranças, desburocratização da abertura de negócios, empresas combatendo qualquer tipo de discriminação e com planos de carreira e projetos de desenvolvimento feminino no ambiente de trabalho, enfim, uma rede de apoio que garanta não só o início, mas o desenvolvimento e a maturidade de um negócio gerado por mulheres empreendedoras.
Digo isto, porque sou uma dessas mulheres empreendedoras que precisei provar diariamente para o mercado de trabalho que eu não era uma coadjuvante e sim a protagonista de um negócio de sucesso.
Estar à frente da liderança de um Grupo de empresas e pessoas, conquistei experiências, as quais compartilho: tenha coragem e enfrente seus medos; busque fazer o que você gosta; dê o seu melhor naquilo que propõe fazer; tenha foco na solução e jamais no problemas; pense sempre em diferenciar suas entregas a dos concorrentes do ramo do seu negócio; busque atualizar sempre no seu ramo, investindo na imagem da empresa; tenha foco no seu público-alvo; gere engajamento e conexão com o meio em que você está inserido, dentre outras.
Advogada e Diretora Financeira Grupo Soberana