Dia do Professor é comemorado para valorizar os profissionais da educação e especialista incentiva retorno às aulas presenciais
Nesta sexta-feira, 15, é comemorado o dia dos mestres que ensinam milhares de pessoas e são responsáveis por criar um futuro melhor. Com o retorno das aulas presenciais, os alunos poderão estar de volta na sala de aula ao lado dos professores que tanto têm para ensinar.
O retorno das aulas presenciais acontece por conta do avanço da vacinação e a queda no número de mortes pela Covid-19. Apesar da questão de saúde, a pedagoga especialista em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva, Lílian Durão Nogueira Ferreira, afirma que já estava na hora disso acontecer para garantir a todos o acesso a educação.
“Não são todos os alunos que têm acesso a internet com qualidade para acompanhar as aulas, assistir os vídeos. Então, essa defasagem é algo inevitável e temos convivido com ela diariamente. A falta de acesso de alguns alunos faz com que a educação não seja um direito de todos, não seja igualitária. Precisamos retornar para garantir essa qualidade, até porque os cuidados sanitários serão feitos”, explica a professora e coordenadora pedagógica do Centro de Ensino em Período Integral Dom Veloso.
Para garantir esse retorno da forma mais segura possível, Lílian tenta mostrar a todos os pais a importância de um ensino de qualidade e da convivência social entre os estudantes. Ela afirma também que toda equipe e o ambiente escolar estarão seguindo sempre os protocolos de biossegurança para receber os alunos. “Temos todo um cuidado na organização das mesas, cadeiras. Orientamos os estudantes a tirar a máscara apenas quando forem se alimentar”.
Com isso, as dicas que a especialista dá nesse momento difícil é que as regras sanitárias sejam seguidas e que os pais conversem com os alunos e tentem fazê-los cooperar para isso. Confira o que precisa ser feito para um retorno seguro às aulas, de acordo com a professora:
- Uso de máscara de proteção;
- Uso do álcool em gel;
- Distância de no mínimo 1 metro de qualquer outra pessoa;
- Lavar as mãos com frequência;
- Esterilização das mochilas;
- Limpar com frequência os objetos pessoais;
- Deixar de compartilhas itens pessoais, como copos e canetas;
- Usar garrafinha ou copo ao usar o bebedouro;
- Evitar o aperto de mãos;
- Conferência da temperatura;
- Sanitização dos calçados.
Nem sempre é fácil fazer com que todos os alunos cumpram as normas, mas os professores contam com a ajuda dos pais para conscientizar os filhos. Os docentes também fazem questão de dar o exemplo sempre.
“Não vou falar que é algo fácil porque não é. É um trabalho de formiguinha e todo mundo da escola precisa falar a mesma linguagem, do pessoal lá da limpeza ao administrativo. Falando qual linguagem? A do protocolo de biossegurança. Se o aluno não estiver cumprindo o combinado, chamamos atenção e se não resolver chamamos a família. Não é um trabalho fácil, mas é possível ser feito e é preciso ser feito”, diz Lílian.
A pedagoga alerta ainda que o ambiente escolar é uma instituição educacional, ou seja, é um lugar propício para que os alunos entendam e aprendam alguns cuidados para saúde que levarão para vida.
“Nós trabalhamos a questão da sensibilização, sensibilizar que eu tenho que cuidar da minha vida, mas também tenho que cuidar da vida do outro. Sempre falamos na escola assim: cuide de você, se ame e cuide de quem está em casa, de quem você ama. Acreditamos que isso flua lá fora quando o aluno aprende, quando isso realmente toca ele”, finaliza.