Educação inclusiva
“Precisamos rever nossos conceitos e nos abrirmos para o novo, para o diferente, mudando práticas que não cabem mais nesse mundo moderno e contemporâneo”
A palavra incluir possui vários significados, mas o que nos chama mais atenção é “fazer parte de um certo grupo”. O ato ou efeito de incluir alguém em uma determinada situação ou espaço requer um cuidado especial em relação a tudo que a envolve. É pressupor uma igualdade de oportunidades e uma valorização do ser humano nas diferenças de cada um.
Daí vem a pergunta: “e quem não é diferente… ímpar?”. Gostamos muito de usar o termo “eu sou único”, e somos mesmo. Mas, dizer somente não evidencia o que realmente sentimos intimamente. Temos que ter um olhar inclusivo para o outro, um olhar que respeita a diversidade étnica, social, cultural, sensorial e de gênero do ser humano.
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) não traz um campo específico para a Educação Inclusiva, não traz um tópico específico sobre a inclusão, mas espalha em toda a base dicas de como esta compreende a questão da inclusão/diversidade. Tem como fio condutor 10 Competências Gerais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica, ou seja, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Essas competências visam assegurar aos alunos uma formação humana integral e, por isso, não constituem um componente em si. Não há uma aula específica para trabalhá-las. Ao contrário: elas devem ser tratadas de forma transdisciplinar, pulverizadas por todos os componentes. A Educação Inclusiva vem, na atualidade, integrando de uma forma moderna a concepção de equidade, educação para todos.
Garantir a equidade dentro de uma instituição de ensino, seja ela pública ou privada, requer cumprir princípios educativos, excelência em gestão, pedagogia da presença e corresponsabilidade de todos os envolvidos.
Partindo da equipe gestora, a qual implementa as políticas públicas e direciona os alinhamentos necessários, perpassando pelo professor que efetiva as mesmas através de um bom planejamento, respeitando a diversidade e o socioemocional, chegando até o administrativo que conhece e efetiva as diretrizes, contribuindo assim para que tudo flua com tranquilidade e equilíbrio.
Hoje, a escola é vista pelo jovem como um espaço onde ele pode ser quem realmente é, colocando as ideias e contribuindo para a criação de um espaço educativo, sendo reconhecido como PROTAGONISTA. Não só fazendo parte da história, mas contribuindo para construção e progresso.
Um dos princípios educativos que devemos refletir é posto “a educação inclusiva diz respeito a todos”, sem exceção, independentemente das limitações ou dificuldades. Precisamos rever nossos conceitos e nos abrirmos para o novo, para o diferente, mudando práticas que não cabem mais nesse mundo moderno e contemporâneo.
Concluímos esse texto com a frase de Will Educador. “Na Educação Inclusiva não há vencedores e nem vencidos, temos naturalmente Educadores, Educandos e Cidadãos humanizados e plenos vivendo na amplitude de suas possibilidades”.
Referências:
https://movimentopelabase.org.br/acontece/competencias-gerais-de-bncc/
Lílian Durão Nogueira Ferreira
Professora Efetiva da Secretaria de Educação do Estado de Goiás;
Coordenadora Pedagógica do Centro de Ensino em Período Integral Dom Veloso;
Graduada em Pedagogia (UNITUM);
Graduada em Matemática (ILES/ULBRA);
Pós-graduada em Educação Inclusiva (UNICID);
Pós-graduada em Neuropsicopedagogia (USCS).