Paratletas de Uberlândia

Conheça três paratletas de Uberlândia-MG que foram selecionados para representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020 começaram em julho e terminarão em agosto de 2021. Alguns atletas e paratletas de Uberlândia-MG foram selecionados para competir e a Revista Soberana conversou com três deles.

A Futel tem participação essencial na conquista da vaga, pois, mesmo durante a pandemia, manteve a rotina de treinamento dos paratletas de alto rendimento com competições internacionais previstas para 2021. Os treinos foram realizados com todas as medidas preventivas necessárias, como distanciamento social e uso de máscara de proteção e álcool em gel.

Lara Lima – Foto: Divulgação

A paratleta faz parte do Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU). Ela tem 18 anos e ocupa o 8º lugar no ranking mundial de halterofilismo. Lara competirá na categoria “Até 41 kg” e conheceu o esporte aos 10 anos através da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

Segundo Lara Lima, ela está se sentindo realizada por ter sido escolhida para participar das Paralimpíadas, mas a ficha ainda não caiu. “A sensação é muito boa e de dever cumprido. Um dos meus sonhos era ir para olimpíada e realizar isso tão nova me dá um uma sensação muito gostosa. Eu ainda não acredito para falar bem a verdade, eu vi o meu nominho lá escrito convocada, estou vivendo um sonho e acho que só vou acreditar quando eu chegar no Japão. E espero trazer uma medalha para o Brasil e para minha cidadezinha que eu tanto amo”, disse a jovem.

O profissional de educação física da Futel, Weverton Santos, treinador da equipe CDDU/Futel e da seleção brasileira de halterofilismo, fala sobre a conquista. “Acompanhei de perto o desenvolvimento de Lara e sei o quanto essa conquista é merecida. A partir de agora, continuaremos os treinamentos para que ela consiga obter um excelente desempenho em Tóquio”, completou.

Lara Lima tem diversas conquistas importantes. As mais recentes foram na Copa do Mundo de Halterofilismo da Geórgia, em maio, quando obteve duas medalhas: uma de ouro na categoria “Até 41 kg – Júnior” e uma de bronze na categoria “Até 41 kg – Adulto”. Na mesma competição, ela bateu o recorde das Américas na categoria “Júnior”, ao levantar 90 kg.

Foto: Daniel Zappe/Divulgação

Mateus é praticante de esportes há muitos anos e chegou a disputar as Paralimpíadas Escolares como nadador. Na época, ele assistiu algumas competições de bocha, mas não se interessou de imediato. Em 2012, o jovem estava desmotivado com a natação e desenvolveu alergia ao cloro das piscinas, então parou de treinar e foi atrás de outro esporte.

“Eu não queria deixar de competir, então fui atrás de outra modalidade e me disseram para procurar o professor Glênio Fernandes, no Campus de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que juntamente com a equipe que ele coordenava, acolheram eu e o meu pai. Com duas semanas de treino, fomos convidados para participar de um campeonato e ficamos em 3º lugar, quando conquistamos essa medalha percebemos que ali poderíamos, com muito treino e dedicação, melhorar cada vez mais”, contou Mateus.

O jovem é da equipe Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU/Futel) e foi selecionado para representar o Brasil na competição de bocha nas Paralímpiadas de Tóquio. Ele afirmou à Revista Soberana que treinou de segunda à sexta para dar o melhor resultado. “Os treinos foram intensos, estou buscando aprender mais a cada dia e manter a evolução contínua”, finalizou o paratleta.

 

Foto: Divulgação FUTEL

Rodrigo Parreira

Rodrigo é determinado desde pequeno. Ainda na barriga da mãe, os médicos disseram que ele não falaria e nem andaria, mas ele lutou e mostrou que todos estavam errados. Com essa determinação, o paratleta também conquistou uma vaga nas Paralímpiadas de Tóquio.

O jovem é da Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (Aparu/Futel) e começou a se interessar por esportes aos 5 anos. “Eu via como diversão, como todo garoto da minha idade, mas foi em 2013 que tudo mudou. Sempre que eu ia no mercado e na padaria, quando minha mãe pedia, ia correndo e voltava rápido, ela se surpreendia. Quando vimos um dia na televisão que o Sesi estava tendo inscrições de pessoas com deficiência que se interessassem em ingressar no esporte, nós fomos até lá”, relembra Rodrigo.

É com o atletismo que o paratleta sustenta a família e agora representará o país. “Tóquio é um sonho que se tornou realidade, como diz meu amigo e técnico Leandro Garcia, aconteceu e está acontecendo, temos treinado duro, intensificamos o preparo e dedicando em dobro para chegar lá na melhor forma e ter o desempenho máximo. Poder representar Uberlândia e o Brasil em Tóquio é gratificante, uma sensação de metade de dever cumprido, que a outra metade será cumprida lá. Vou para esse evento com o coração cheio de gratidão, me preparando para quebrar recorde mundial e alcançar o lugar mais alto do pódio, tenho me dedicado nessa expectativa, focando nisso. Sei que sou capaz”, afirmou Rodrigo.

 

Redação

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