O Homem e a Maternidade

Vocês já pararam para pensar como deve ser difícil para o homem tornar-se um pai?

As dificuldades da mulher para tornar-se mãe todo mundo discute e debate, mas e o pai? Como é que fica?

Ele que culturalmente foi criado para ser forte, independente e provedor da mulher e da família, de repente está em uma situação de vulnerabilidade, imprevisibilidade e de muitas novidades. Compartilha as angústias, incertezas e instabilidades de humor da parceira grávida, quase sempre mantendo postura firme para tentar transmitir o máximo de segurança e dar apoio, e isso é muito importante!

O papel do pai é fundamental em todas as etapas da gravidez. Ele deve procurar entender um pouco dos assuntos relacionados à saúde da mulher, à gestação e aos cuidados com o recém-nascido, além de participar das consultas de pré-natal e dos exames. Estar ao lado da gestante para receber boas notícias e as mais duras também é importante.

Quanto mais informações e conhecimento, melhor! Para que faça parte de todo esse processo não apenas como coadjuvante, mas como mais um protagonista.

O homem deve estar engajado nesta parceria. Quando a participação se dá desde o início, certamente o vínculo do casal e entre pai e filho se fortalecerão. E o “sucesso” dessa família que está se formando, ou crescendo, estará garantido.

Aumentar as doses de paciência e carinho é imprescindível. A mulher passa por um momento de muita fragilidade, cansaço fácil, variações hormonais e de humor, além de insegurança, muitas vezes de baixa autoestima e até mesmo depressão. Então, é necessário empatia (colocar-se no lugar do outro). Na verdade, por parte de ambos.

O casal deve ser realmente parceiro, paciente, dialogar sobre os preparativos para a chegada do bebê, inclusive financeiramente, e acima de tudo ser franco e aberto, expondo as necessidades, desejos, fraquezas e contrariedades.

É importante repensar os hábitos, abandonar vícios, ter boa alimentação, praticar exercícios físicos (juntos melhor ainda), dividir tarefas domésticas, descansar e nunca deixar de lado o carinho e a intimidade. É difícil, mas é preciso, mais do que nunca, de equilíbrio.

Uma vez eu li que “pai não tem útero, mas gesta no coração e nutre no beijo”. Então, aproveitem a oportunidade de viver esse momento tão especial como verdadeiros companheiros, e amem-se muito!

Dra. Tônia Lourenço Chaud 

Graduação em Medicina e Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Residência Médica em Clínica Geral pelo Hospital Santa Lydia de Ribeirão Preto

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