Fábio Vilela, um dos fundadores conversou com exclusividade com a Revista Soberana e contou detalhes sobre o sucesso do PP
Apaixonado por aviação desde pequeno, o executivo Fábio Vilela, hoje colhe os frutos de sua fascinação ainda criança convertido em negócios e fortuna. Ele é um dos criadores e proprietários da marca Passageiro de Primeira.
Referência no segmento de companhias aéreas, programas de fidelidade, salas vips, hotéis e assuntos relacionados a aviação, Fábio conversou com exclusividade com a equipe da Revista Soberana. Durante o bate-papo eles nos contou detalhes de como a pandemia da Covid-19 afetou os trabalhos à frente do Passageiro de Primeira e os bastidores do sucesso do projeto.
Uberlandense Fábio Vilela, tem 35 anos é formado em Gestão de Turismo e Hospitalidade pela Universidade de Modul em Vienna na Áustria. Já viajou para 79 países e contabiliza mais de 391 voos internacionais e quase 5 mil horas viajando o que equivale a 54 voltas ao mundo.
“Sempre fui um apaixonado por aviação desde pequeno, mas nunca imaginei que um dia, poderia conciliar o lazer com trabalho. Durante minha faculdade isto ficou ainda mais forte e mais presente ainda em minha vida. Em um dos semestres da Faculdade tive mentoria da Emirates e nossa tarefa era criar uma companhia aérea fictícia” conta Fábio.
Sobre a sua primeira viagem de avião, Fábio recorda de um momento marcante envolvendo o Mickey Mouse e sua primeira vez para à Disney em Orlando, nos Estados Unidos.
“Lembro a primeira vez que fui para fora do Brasil com meus pais, na época eu tinha 5 anos e viajamos para a Disney. Até hoje guardo na memória o voo. Na época, o que marcou, era que no próprio Aeroporto de Orlando o Mickey (personagem da Disney) recebia os passageiros assim que pousávamos.
O projeto Passageiro de Primeira, criado em 2011, surgiu da curiosidade de Fábio em ter todas as informações do seu destino.
“Sempre fui muito “curioso” e antes de toda viagem, procurava informações na internet sobre serviços de bordo da companhia área, como seria a poltrona, qual refeição seria servida etc. Era raro encontrar algo em português, praticamente todos os artigos eram disponibilizados em inglês. Foi a partir daí, que senti que outras pessoas também poderiam ter a mesma dúvida que eu. Em 2011, criei o Passageiro de Primeira.”
Questionado sobre o sucesso que o projeto alcançou em apenas 10 anos, Fábio foi categórico. “Costumo dizer que o Passageiro de Primeira, democratizou o uso da primeira classe e executiva no país, algo que até então era tido como “somente para ricos.” Acredito que o fato do projeto ter sido pioneiro no segmento, ajudou a alavancar o nosso nome em todo o Brasil.”
Quem acompanha principalmente influenciadores digitais ou famosos nas redes sociais sabem da política dos “publiposts”, postagens patrocinadas, em que as celebridades ou figurões aparecem exibindo os produtos ou falando bem de uma marca, por exemplo. No Passageiro de Primeira, Fábio costuma compartilhar com seus mais de 120 mil seguidores detalhes de viagens, críticas a salas vips, serviços de bordo, entre outros. Como muitos têm dúvidas se as postagens que Fábio faz são publicidades, o apaixonado por aviação, colocou um ponto final nas especulações.
“Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm. Posso dizer que em torno de 95% das viagens que eu faço são por minha conta, ou seja, eu quem banco. Sou muito crítico e gosto de passar para os seguidores a real impressão do voo. Quando uma vez ou outra, sou convidado por alguma companhia aérea, por exemplo, deixo bem claro para quem acompanha nas redes sociais. É fundamental essa relação aberta com seu público e com seus parceiros e anunciantes.”
Figura conhecidíssima das salas vips, poltronas dos aviões e dos lobbys dos hotéis, Fábio Vilela hoje é celebridade. Durante a entrevista, ele contou sobre o assédio que sofre por parte de admiradores de seu trabalho.
“Não me incomodo de jeito nenhum e fico feliz quando encontro alguém no aeroporto por exemplo e que a primeira coisa que a pessoa diz é: “estou aqui por que segui uma dica sua.” Isto, não tem preço! Sinal de que todo o meu esforço e trabalho valeu a pena!”
Em 10 anos de Passageiro de Primeira, Fábio elencou alguns perrengues que já passou em viagens, inclusive um acidente no Qatar.
“Já passei bastante perrengues em viagens, como perda de mala, overbooking etc. Mas o pior sem sombra de dúvidas foi quando eu capotei um UTV fazendo rally no Qatar. Foi um acidente grave e uma experiência bem traumática, principalmente porque eu estava sozinho (sem ninguém da minha família) do outro lado do mundo. Graças a Deus foi só um susto e consegui retornar ao Brasil assim que recebi alta.”
Frequentador assíduo dos aeroportos, Fábio fez uma análise sobre a situação do Aeroporto de Uberlândia, que inclusive vêm passando por reformas avaliadas em mais de R$30 milhões de reais.
O aeroporto de Uberlândia já estava pequeno e saturado para o tamanho da demanda da cidade. Agora com a nova obra, quase em finalização acredito que teremos um terminal apropriado! Vamos todos torcermos para que em um futuro não tão distante, tenhamos até Sala VIP, quem sabe! Já para os demais aeroportos eu costumo utilizar bastante o Aeroporto de Guarulhos e acredito que ele está bem suprido de serviços e instalações, mas em horários de pico, a qualidade fica um pouco comprometida. A aviação regional está se desenvolvendo bastante no país e isto é fundamental, pois com dimensões continentais o Brasil merece ter inúmeros aeroportos facilitando a acessibilidade e o deslocamento.”
Com relação a pandemia do Coronavírus, Fábio comentou sobre os trabalhos do Passageiro de Primeira. O período foi importante para continuar informando o público sobre os assuntos do tema.
“Ano passado, no momento que percebemos que a quarentena não duraria apenas 40 dias, resolvemos diversificar o conteúdo do site e focamos agressivamente em acúmulo de pontos em compras online nos e-commerce pois já havíamos notado um aumento de 450% neste ramo e hoje este é um novo braço da empresa.”
Com o escritório principal em São Paulo, maior cidade do Brasil e com colaboradores trabalhando em regime home-office pelo país, Fábio conclui o que ele espera para o próximos anos do Passageiro de Primeira.
“Quero que o PP seja um portal 360 e completo de fidelidade – não somente para companhias aéreas, mas também para bancos, cartões de créditos e varejistas.”
Jadir Jr | Redação