Nesta segunda-feira, 12, foram publicados estudos científicos na revista médica The Lancet Infectious Diseases que revelam que a variante da SARS-CoV-2 (coronavírus) originada no Reino Unido não aumenta a gravidade da doença como acontece com outras variações, inclusive a brasileira.
Para realização das pesquisas, cientistas analisaram 341 infectados pela Covid-19 que estavam internados em dois hospitais de universidades britânicas entre novembro e dezembro de 2020, além de terem estudado as respostas que 37 mil pessoas com a doença escreveram em um questionário de acompanhamento de sintomas. O resultado de todo esse trabalho revelou que os pacientes infectados com a B.1.1.7, nome científico dado a variante britânica, tiveram uma carga viral maior, mas a gravidade da doença não foi aumentada. “Não se detectou prova de uma associação entre a variante e doença mais grave, com 36% dos doentes com a B.1.1.7. a ficarem gravemente doentes e a morrerem, quando comparado com os 38% dos que tinham uma variante diferente”, concluíram.
Apesar dos resultados positivos, os dados mostraram também que o índice de transmissão da variante é 1,35% superior que a SARS-CoV-2 original. Outro índice importante foi o de casos prolongados da doença, pois os cientistas constataram que o tempo do vírus no corpo dos pacientes não é alterado pela presença ou não dessa variação. Os estudos devem continuar sendo feitos para que as equipes médicas tenha uma noção melhor do poder da doença no corpo.
Saiba mais sobre a variante
Pesquisas apontam novos resultados sobre a vacina CoronaVac
Coronavírus – Confirmada circulação de duas variações da Covid-19 em Uberlândia
Instituto Butantan começa produção da primeira vacina brasileira contra Covid-19