Na manhã desta sexta-feira, 19, a Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Uberlândia na Operação Deepwater. Um hacker, de 24 anos, estava sendo investigado por suspeita de comercializar dados pessoas de mais de 220 milhões de pessoas, incluindo autoridades públicas.
As investigações que culminaram na operação começaram em janeiro de 2021 após denúncia da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A polícia apurou que o hacker divulgava CPF/CNPJ, nome e endereço de moradores de todo o país em fóruns da internet. De acordo com a PF, o rapaz vendia os dados em troca de criptomoedas e realizou a maior divulgação de dados da história do Brasil, tendo revelado informações de mais de 220 milhões de brasileiros. Após intensa apuração, os agentes identificaram o suspeito e a Justiça expediu o mandado de prisão preventiva, além de busca e apreensão.
O hacker foi preso e ouvido pela PF. Na casa dele foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, inclusive, um computador. Os policiais também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Petrolina-PE durante a operação.
Em nota, a assessoria de comunicação da ANPD parabenizou a atuação da PF na operação. Para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ação policial, que contribui com a ANPD nas investigações de casos de vazamento de dados, é, sem dúvidas, de grande valia, na medida que auxilia as apurações administrativas dentro dos termos da LGPD. Ainda que as investigações não tenham sido finalizadas, a identificação de um suspeito e a sua prisão abrem caminhos para que se possa entender como tudo ocorreu especificamente e possam ser estruturadas medidas preventivas, protetivas e de responsabilização cada vez mais eficazes contra esse tipo de incidente de segurança com dados pessoais.