A Pediatra Lídia Mayrink explica sobre os cuidados para o retorno das crianças às aulas e destaca que elas possuem menos chance de desenvolver o Covid-19 que os adultos
Para a maioria dos estudantes este ano de 2020 foi bem complicado. A pandemia fez as aulas serem em casa e esse sistema possui suas dificuldades. Neste sistema de ensino os pais tiveram que entrar em ação para ajudar seus filhos e muitos deles não tinham essa capacitação para ajudar. “Não conseguimos explicar da mesma forma, passar para eles o que é necessário. Nós queremos muito que volte as aulas disse Kênia Araújo, mãe de dois meninos que estudam na rede pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), das pessoas diagnosticada com a Covid-19, 1,2% correspondem a crianças menores de quatro anos; 2,5% a crianças na faixa etária de quatro a quatorze anos. Em Uberlândia crianças já foram diagnosticadas com a doença, mas nenhuma morreu por Covid-19.
Crianças e adolescentes têm menos chances de desenvolver a Covid-19, e isso é o que os estudos publicados até aqui dizem. “Para uma criança que frequenta escola, ela chega a ter 10 ou 12 infecções por ano, e por isso o organismo dela está preparado para ter essas infecções virais, que é o caso do Corona Vírus, na criança ela até pega o Covid-19, mas ela não tem sintomas graves, destacou a pediatra e sócia da Vitis Med Center em Uberlândia, Dra. Lídia Mayrink.
No início da pandemia, muitos pensavam que as crianças poderiam pegar ou transmitir mais o vírus, mas estudos comprovam que isso não é verdade, eles transmitem da mesma forma que os adultos. Segundo a Dra. Lídia Mayrink, o maior problema delas é na hora que vai espirrar, cuidados da higienização e o uso da máscara. “A Sociedade Brasileira de pediatria tem recomendado o uso da máscara a partir dos dois anos de idade, mas não é uma recomendação universal. Na Europa por exemplo, é a partir de doze anos”, destacou a médica.
O município de Uberlândia disse que passará por uma série de regras para a volta às aulas que está previsto para o dia oito de fevereiro de 2021. Além da orientação do uso das máscaras e do distanciamento das crianças, as escolas serão obrigadas a disponibilizar álcool em gel e manter assiduidade na limpeza e higienização dos ambientes.
Alinne Sousa | Jornalista
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